segunda-feira, março 31, 2008

No seu próprio filme




















E muitas vezes
não fui eu.

Fui John Wayne,
capturando rinocerontes selvagens
em Hatari,

fui Elvis,
numa briga de bar
rodeado por mil garotas
dançando ula-ula,

fui Buck Rogers,
cruzando galáxias
num caça estelar,

fui Michael Corleone
decidindo sobre a vida
e a morte
das pessoas,

fui Roberto Carlos,
em ritmo de aventura,
e fui Didi Mocó,
nas minas do rei Salomão.

Mas acredito,
piamente,
que ser adulto
é ser você mesmo,
no seu próprio filme.