domingo, dezembro 21, 2008

Bolívia vence o analfabetismo


Bolívia vence o analfabetismo

O país se converte no terceiro país latino-americano a erradicar o analfabetismo, depois de Venezuela e Cuba.

AGENCIAS - Cochabamba – El País - 21/12/2008

Tradução de Antonio de Freitas Jr.

A Bolívia se converteu, após as experiências de Cuba e Venezuela, no terceiro país da América Latina a alcançar um dos Objetivos do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas - ONU: a erradicação do analfabetismo. Assim o afirmou neste sábado (20/12/2008) o presidente do país, Evo Morales, que durante uma solenidade em Cochabamba expressou sua satisfação pelo bom resultado dos programas desenvolvidos por seu governo.

Estes programas, que Morales transformou em ‘um assunto de Estado’, serviram para alfabetizar 819.417 pessoas, 99,5% do total de analfabetos que tinha o país, e aumentar assim o índice de alfabetização da Bolívia em algo mais que 96% de sua população.

Em 2001, um estudo do governo demonstrou que 14% dos bolivianos eram analfabetos e que quase 26% da população da zona rural não sabiam ler nem escrever.

"Foi o esforço humano, esse esforço de todos os dias durante três anos de trabalho, lutando com os participantes do programa para erradicar o analfabetismo na Bolívia. Este é um programa que chegou a todas as comunidades do país; foram quase 60.000 pessoas que colaboraram conosco para levar adiante este esforço", afirmou Morales, destacando também a ajuda, financeira e humana, aportada por Venezuela e Cuba.

De acordo com a Organização Educacional, Científica e Cultural da ONU (UNESCO), um país pode ser declarado "livre do analfabetismo" quando mais de 96% de seus adultos sabem ler e escrever. O representante da UNESCO, Eduard Matoko, afirmou durante esta solenidade em Cochabamba que "o projeto boliviano é um exemplo que seguramente vai inspirar a outros países a implantar programas similares".

Tal como expressou Morales, agora o desafio passa por ajudar, junto com seus homólogos Chávez e Castro, para que esta seja também uma realidade em Nicarágua e Paraguai.