domingo, agosto 29, 2010

Marvin Gaye - "What's Goin On"

quarta-feira, agosto 18, 2010

'Father And Daughter' - Paul Simon



Father And Daughter
Paul Simon

If you leap awake in the mirror of a bad dream
And for a fraction of a second you can't remember where you are
Just open your window and follow your memory upstream
To the meadow in the mountain where we counted every falling star

I believe a light that shines on you will shine on you forever
And though I can't guarantee there's nothing scary hiding under your bed
I'm gonna stand guard like a postcard of a Golden Retriever
And never leave 'til I leave you with a sweet dream in your head

[Chorus:]

I'm gonna watch you shine
Gonna watch you grow
Gonna paint a sign
So you'll always know
As long as one and one is two
There could never be a father
Who loved his daughter more than I love you

Trust your intuition
It's just like goin' fishin'
You cast your line and hope you get a bite
But you don't need to waste your time
Worryin' about the market place
Try to help the human race
Struggling to survive its harshest night

[Chorus 2x]

terça-feira, agosto 17, 2010

A invenção dos nomes das nações latinoamericanas


A invenção dos nomes das nações latinoamericanas

EL PAÍS inicia uma série de artigos em que destacados historiadores analisam as origens das denominações dos Estados da América Latina

JOSÉ CARLOS CHIARAMONTE/CARLOS MARICHAL/AIMER GRANADOS

El País - 09/08/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Com o bicentenário (1810-2010) se recorda e celebra a independência das nações da Hispanoamérica. O complexo e, em muitos casos, desagregado processo de separação da monarquia espanhola implicou não somente em guerras e revoluções políticas, mas também num esforço por renomear cada uma das nascentes países independentes. Na seguinte série de artigos preparados especialmente para EL PAÍS, destacados historiadores analisam as origens coloniais ou republicanas dos nomes das nações latinoamericanas, tarefa que foi matéria de alguns trabalhos isolados, porém raramente analisado coletivamente e de maneira contrastada.

A adoção de um nome para cada um dos Estados nacionais desprendidos da coroa espanhola e portuguesa dependeu da forma de governo que adotou cada um deles, da plena delimitação de suas fronteiras e das formas de identidade política. Em relação à forma de governo se pode afirmar que as disputas entre federalistas e centralistas, ou monarquistas contra republicanos, não resolveram da mesma forma a arquitetura dos Estados, ainda quando se produziu uma tendência à consolidação de Estados centralizados.

Em alguns casos, os limites territoriais das novas nações, pelo menos na primeira década após a independência, não estiveram claros. Um exemplo desta situação proporciona a historia das ‘Províncias Unidas do Rio da Prata’, que rapidamente se segregaram nas repúblicas independentes de Argentina, Paraguai e Uruguai; e o caso do surgimento em 1823 da breve República Federal de Centro América que logo deu passo à formação dos Estados nacionais de Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala. Inteiramente diversos foram os processos de independência de outros países desta vasta região, como se poderá observar na leitura dos respectivos trabalhos incluídos neste volume. Também - e como não!- se oferece nesta série um estudo da singular historia do nome do Haiti, a primeira nação que obteve sua independência na América Latina; e outro sobre Brasil, país que não teve que experimentar guerras sangrentas para alcançar sua independência e encontrou um caminho singular para se separar de Portugal.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Tony Judt, historiador especialista em Europa do século XX


Tony Judt, historiador especialista em Europa do século XX

'Posguerra', finalista do Pulitzer, é uma análise monumental do continente desde a II Guerra Mundial

DAVID ALANDETE – El País - 09/08/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Tony Judt, um dos historiadores e pesquisadores da Europa do final do século XX mais respeitados em sua profissão, faleceu na sexta-feira (06/08/2010) em sua residência de Nova York, segundo confirmou a Universidade de Nova York, para a qual trabalhava como professor. Tinha 62 anos e havia padecido, durante quase dois anos, dos devastadores efeitos da doença de Lou Gehrig, ou esclerose lateral amiotrófica.

Judt nasceu no seio de uma família judia do Reino Unido em 1948. Em sua juventude viveu num kibutz em Israel. A experiência na fazenda coletiva constituiu uma etapa importante de sua formação e lhe marcou como sionista de esquerda durante alguns anos. Chegou a servir como motorista voluntario na Guerra dos Seis Dias, que enfrentou Israel contra a coalizão de países árabes em 1967.

Aquele fervor sionista de juventude, contudo, não durou muito. Prontamente mudou seu esquerdismo com toques radicais por uma postura mais social-democrata. E, em seus textos, criticou não apenas o poder e a proeminência internacional dos Estados Unidos, mas também o peso das instituições judias dentro da arquitetura política norte-americana.

Sua obra mais famosa, publicada em 2005, é ‘Posguerra: Uma historia da Europa desde 1945’, uma crônica monumental do continente nos anos posteriores à II Guerra Mundial. Em sua análise, Judt afirma que a cooperação dos países europeus nos 30 anos posteriores à queda de Adolf Hitler demonstra que o pacifismo e o multilateralismo podem gerar uma estabilidade e uma prosperidade duradouras. Com ‘Posguerra’ ficou finalista ao Prêmio Pulitzer em 2006.

"América terá o maior Exército e a China criará mais produtos, e mais baratos", escreve na conclusão do livro. "Porém, nem a América nem a China dispõem de um modelo útil que sirva universalmente. Apesar dos horrores de seu passado recente - e em grande parte, graças a eles-, eram os europeus os que agora estavam genuinamente posicionados para oferecer ao mundo algum modesto conselho sobre como evitar repetir os erros do passado. Poucos haveriam dito há 60 anos, mas pode ser que o século XXI ainda pertença aos europeus".

Era professor da Universidade de Nova York desde 1987. Nessa instituição ajudou a fundar o Instituto Remarque, onde pesquisava e ensinava historia recente de Europa. Judt conta com nove livros, sobretudo respeitadas análises nesse campo. Ademais, colaborava com a revista New York Review of Books, na que consagrou sua mudança de ideas sobre o conflito árabe-israelense.

Num texto polêmico de 2003, proclamou que Israel era um "anacronismo" e pediu a criação de um Estado binacional para árabes e judeus. Um de seus últimos artigos defendia que as críticas aos atos de força do Executivo de Israel não estão motivadas pelo antissemitismo e que o abuso deste qualificativo era perigoso para a memória do Holocausto.

No outono de 2008 foi-lhe diagnosticado esclerose lateral amiotrófica (ELA), que provoca uma progressiva paralisação dos músculos. Trata-se da mesma doença degenerativa que padece o cientista Stephen Hawking. Judt estava paralisado de pescoço para baixo. Custava-lhe tragar, falar, inclusive sustentar a mandíbula. Necessitava ajuda para praticamente tudo.

Ao longo de seus últimos meses, escreveu sobre sua doença e sobre suas impressões da vida, o que representou um giro na sua carreira e a inauguração de uma nova etapa de reflexão muito mais pessoal. Em questão de meses, Tony Judt se converteu em tetraplégico, necessitando de um tubo de oxigênio para respirar. Sua mente, porém, estava intacta, e seguiu produzindo suas lúcidas análises sem qualquer tipo de interrupção, até seu último dia de vida.

sexta-feira, agosto 06, 2010

O arco-íris


O arco-íris

AP/ Lionel Cironneau 05-08-2010 - El País

Um avião sobrevoa a cidade de Nice, no sul da França, com um arco-íris ao fundo.

quinta-feira, agosto 05, 2010

Churchill escondeu o avistamento de um OVNI para não causar pânico


Churchill escondeu o avistamento de um OVNI para não causar pânico

O Arquivo de Estado britânico desclassifica centenas de documentos sobre objetos voadores não identificados. Numa das cartas aparece o mais celebre político britânico ordenando silêncio sobre o tema

AGENCIAS - Londres – El País - 05/08/2010

Tradução de Antonio de Freitas

O Reino Unido desclassificou hoje (05/08/10) centenas de documentos secretos sobre ovnis, entre os quais, também, há uma carta com uma ordem daquele que duas vezes foi Primeiro-ministro Winston Churchill para que fosse mantida em segredo a notícia do avistamento de um disco voador por um piloto militar durante os anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Churchill estava no comando do país.

Os documentos foram publicados pelo Arquivo Nacional e abarcam várias décadas até o final do século passado. A nota que se refere ao histórico líder britânico é de 1999 e saiu das caixas do Ministério da Defesa. Nela, um homem, cuja identidade não foi revelada, afirma que seu avô assistiu a uma reunião entre Churchill e Dwight Eisenhower, que durante a guerra foi general das forças armadas norte-americanas (e mais tarde presidente dos EUA), na qual o primeiro contou que um avião da Força Aérea de sua Majestade foi flanqueado por um ovni metálico. Os dois homens concluíram que o melhor seria manter a notícia em segredo, segundo a misteriosa testemunha. No mesmo documento, é possível ler que "O Ministério da Defesa britânico não tem nenhum conhecimento específico sobre os ovnis. Tampouco os têm pelo que se refere a outras formas de vida extraterrestre, ainda que neste campo sua atitude seja a de ter uma mentalidade aberta".

Um dos especialistas que o governo britânico encarregou de avaliar os avistamentos, Nick Pope, foi citado hoje pela BBC. De acordo com ele, "a maior parte do material de arquivo dos anos cinquenta foi destruída". Pope afirmou que Churchill mandou esconder a notícia temendo que a mesma "pudesse causar pânico massivo ou transtornar as ideias religiosas das pessoas".

Não é a primeira vez que o Ministério da Defesa desclassifica documentos sobre o tema, apesar de que a aparição, por interposta pessoa, do mais célebre político da historia britânica acrescente interesse aos estranhos fenômenos que aconteceram nos céus do Reino Unido.

Em 1997, um avião desapareceu no norte da Inglaterra e os restos nunca foram achados pelas equipes de resgate. No final dos noventa, um "ovni escuro e triangular" ficou parado um tempo sobre o condado de Kent e o avistamento nunca foi explicado pela investigação posterior. De fato, os dados oficiais dizem que o espaço aéreo nesse momento não foi violado. Em 1995, o piloto de um avião que se aproximava do aeroporto de Manchester declarou haver visto um objeto não identificado enquanto, no mesmo momento, uma testemunha que se encontrava em terra afirmou haver visto um ovni, que desenhou uma representação. "Tinha o tamanho de 20 campos de futebol", declarou. Uma investigação posterior não chegou a nenhum resultado apreciável.

Nos documentos desclassificados, também se faz referência aos anos da guerra fria nos quais foram detectadas quase 200 incursões de aviões soviéticos. Numa nota de 1996 se afirma que os misteriosos avistamentos realizados por radar foram certamente aviões de reconhecimento ou antissubmarinos da União Soviética. O regime comunista colapsou em 1991, ano em que diminuíram os avistamentos, porém não desapareceram como demonstram os casos de Kent e Manchester.