Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, bem como os ocorridos em Madri, na Espanha, no dia 11 de março deste ano, produziram varias conseqüências e dentre elas destacamos a cultura da insegurança generalizada.
O século XXI que começara sob o signo da esperança - a queda do muro de Berlim e a volta da Democracia como padrão de civilização -, se transformou rapidamente depois dos mega atentados terroristas em um momento de medo e de radicalização de posições no campo das idéias, como verificamos com a Teoria do Choque de Civilizações, do professor Samuel Huntington - da Universidade de Harvard, a Teoria da Superioridade da Civilização Ocidental, da neodireitista italiana Oriana Fallaci. No campo da política internacional a Teoria dos Ataques Preventivos, levado a cabo pelo governo dos EUA, demonstra que na nova ordem mundial, o império hegemônico não irá esperar ser agredido para manter-se à frente de seu poder militar inconteste.
Ninguém se sente seguro, em nenhum lugar do planeta. Nem mesmo aqueles que se sentiam mais seguros, como os estadunidenses. Exatamente como as epidemias assombravam a Idade Média, as sociedades atuais convivem com o fantasma do medo.
Ao cometerem os atentados suicidas de Nova York e Madri, os terroristas demonstraram haver extirpado o medo da morte, o medo básico entre todos os medos de qualquer pessoa. A vulnerabilidade sentida pelos cidadãos depois dos atentados não existia desde muitas gerações, e nas sociedades ocidentais desenvolvidas já se imaginava esquecida. O perigo que representa as ameaças de “antrax” e da guerra biológica significam a globalização do medo à morte, sentimento que parecia esquecido pelas sociedades do bem estar.
Vivemos a “Era do medo total”, na feliz expressão de Herman Tertsch, que afirma: “É um medo muito especial, generalizado e compartilhado, confessado, contagioso, exagerado, retroalimentado nesta era da mídia em que todas as sensações se multiplicam e se estendem a velocidade de desmaio. Ainda não sabemos como mudara nossas vidas, nossas relações interpessoais, sociais, políticas e internacionais, mas em todo mundo germina a consciência de que nada será igual ao que era”.
Hoje em Madri as pessoas parecem que vivem uma psicose coletiva, que faz com que todos se vigiem nos transportes coletivos. Durante os protestos pelos atentados, os cartazes mas lidos eram os que diziam: Todos nós íamos nesse trem.
Por enquanto vivemos no Brasil sem medo a ataques terroristas. Como brasileiros, temos nossos medos típicos de países subdesenvolvidos, como a alta do dólar, o aumento do risco país e a volta da inflação, e medos próprios, derivados da nossa peculiar situação, como o de encarar a pobreza generalizada fruto da pior concentração de renda do mundo.
O século XXI que começara sob o signo da esperança - a queda do muro de Berlim e a volta da Democracia como padrão de civilização -, se transformou rapidamente depois dos mega atentados terroristas em um momento de medo e de radicalização de posições no campo das idéias, como verificamos com a Teoria do Choque de Civilizações, do professor Samuel Huntington - da Universidade de Harvard, a Teoria da Superioridade da Civilização Ocidental, da neodireitista italiana Oriana Fallaci. No campo da política internacional a Teoria dos Ataques Preventivos, levado a cabo pelo governo dos EUA, demonstra que na nova ordem mundial, o império hegemônico não irá esperar ser agredido para manter-se à frente de seu poder militar inconteste.
Ninguém se sente seguro, em nenhum lugar do planeta. Nem mesmo aqueles que se sentiam mais seguros, como os estadunidenses. Exatamente como as epidemias assombravam a Idade Média, as sociedades atuais convivem com o fantasma do medo.
Ao cometerem os atentados suicidas de Nova York e Madri, os terroristas demonstraram haver extirpado o medo da morte, o medo básico entre todos os medos de qualquer pessoa. A vulnerabilidade sentida pelos cidadãos depois dos atentados não existia desde muitas gerações, e nas sociedades ocidentais desenvolvidas já se imaginava esquecida. O perigo que representa as ameaças de “antrax” e da guerra biológica significam a globalização do medo à morte, sentimento que parecia esquecido pelas sociedades do bem estar.
Vivemos a “Era do medo total”, na feliz expressão de Herman Tertsch, que afirma: “É um medo muito especial, generalizado e compartilhado, confessado, contagioso, exagerado, retroalimentado nesta era da mídia em que todas as sensações se multiplicam e se estendem a velocidade de desmaio. Ainda não sabemos como mudara nossas vidas, nossas relações interpessoais, sociais, políticas e internacionais, mas em todo mundo germina a consciência de que nada será igual ao que era”.
Hoje em Madri as pessoas parecem que vivem uma psicose coletiva, que faz com que todos se vigiem nos transportes coletivos. Durante os protestos pelos atentados, os cartazes mas lidos eram os que diziam: Todos nós íamos nesse trem.
Por enquanto vivemos no Brasil sem medo a ataques terroristas. Como brasileiros, temos nossos medos típicos de países subdesenvolvidos, como a alta do dólar, o aumento do risco país e a volta da inflação, e medos próprios, derivados da nossa peculiar situação, como o de encarar a pobreza generalizada fruto da pior concentração de renda do mundo.
Os medos sempre acompanharam a raça humana na sua trajetória neste planeta, e muitas vezes são necessários até para que continuemos vivos, lutando pela sobrevivência. Entretanto, é necessário saber domá-los, controlando-os sob os olhos da razão e subjugando-os aos princípios da educação. Como disse certa vez o constitucionalista espanhol Antonio Colomer, “aprender a resistir e exorcizar esses medos é a finalidade superior da educação para a liberdade solidária”.