segunda-feira, agosto 25, 2008

O império de Lucas contra-ataca


O império de Lucas contra-ataca

ROCÍO AYUSO - El País - 24/08/2008

Tradução de Antonio de Freitas

É algo assim como o episodio dois e meio. Chama-se ‘The clone wars’, e é um filme e uma série de TV. Porém, a grande novidade desta sétima entrega da saga galáctica é que é de desenhos animados. George Lucas da renda solta a sua vocação infantil de desenhista e amplia seu império à animação. O multimilionário produtor recebe a ‘El País Semanal’ no seu rancho Skywalker, nas montanhas da Califórnia.

Este diálogo, que forma parte da Guerra nas Estrelas, é o germe de um novo império. Um minuto de conversa entre os protagonistas de um filme que estreou há mais de 30 anos, o episodio IV de uma das sagas mais populares da historia do cinema e que mudou todo um universo, o que criou George Lucas em 1977 com a primeira entrega de uma ópera espacial à que seguiriam outros cinco largo metragens: O império contra-ataca (1980), O retorno de Jedi (1983), A ameaça fantasma (1999), O ataque dos clones (2002) e A vingança dos Sith (2005). Jogos, livros, bonecos e todo tipo de parafernália de marketing fizeram o resto e converteram a este realizador e produtor na cabeça visível de um império multimilionário – a saga arrecadou mais de 4,3 bilhões de dólares em todo o mundo–. O sexto filme (o episodio III de uma historia contada sem ordem numérica) ia a ser o último da saga. Porém, nas longínquas galáxias nas que transcorrem as aventuras de Luke Skywalker, Obi-Wan Kenobi, Darth Vader ou o mestre Jedi Yoda a palavra “última” não deve existir. Daí a estréia agora de Star wars: the clone wars, o longa metragem dos estúdios Lucasfilm Animation que faz daquelas guerras clônicas o eixo do filme que David Filoni, o diretor, descreve como “o episódio dois e meio”.

“Quando estava preparando os três primeiros episódios da Guerra nas Estrelas sabia que da forma na qual havia estruturado a historia não ia tocar no tema das guerras clônicas”, comenta Lucas, o criador deste universo galáctico. “Deixei a Anakin Skywalker e a Obi-Wan incomodados ao final do segundo episodio e no terceiro regressaram como amigos após participar nas guerras clônicas. Eu queria contar esses dois ou três anos de historia, porém sem que formassem parte da saga cinematográfica, porque o cenário dos filmes é contar como uma democracia se converte numa ditadura, como uma pessoa boa se passa ao outro lado da força, temas mais profundos que estas batalhas”.
Ao cabo de três décadas de sucesso, esse deus de Hollywood que é George Lucas criou um novo estúdio. O mesmo homem que fundou a casa pioneira de efeitos especiais Industrial, Light & Magic (ILM), que deu seu nome à produtora cinematográfica Lucasfilm e a sua companhia dedicada ao desenvolvimento de videojogos, Lucasarts, ademais de ser proprietário do Skywalker Ranch, um dos melhores estúdios de pós-produção da indústria do cinema, que deu ao mundo o envolvente som THX, agora têm também um estúdio de animação, Lucasfilm Animation, uma companhia criada com a única finalidade de fazer de Star wars: the clone wars um longa-metragem de animação por ordenador. O estúdio de Lucasfilm Animation está situado no Skywalker Ranch, dentro do rancho Big Rock, chamado assim por causa de um grande penhasco que recebe aos que passam por este páramo perdido nas montanhas do condado de Marín, na Califórnia. Lucas possui, ainda, um estúdio em Singapura e associou-se a em Taiwan.

O proprietário deste grande império é um homem melhor Dito baixinho, quase sem pescoço, de aspecto franco e barba branca que a seus 64 anos continua vestindo as mesmas calças jeans, idênticas camisas a quadros e os mesmos tênis esportivos de sua juventude, quando sonhou com outros mundos e ninguém acreditava nele em Hollywood. Porém, disso também há três décadas. “Quando fiz Guerra nas Estrelas não era mais que um filme de que acabei escrevendo um Romeiro de mais de 200 páginas que sabia que não podia gravar porque só contava com um ornamento de três milhões de dólares. Por isso me esqueci do resto desta saga e me concentrei num filme só. Meu primeiro filme, THX, havia fracassado. Com A guerra nas Estrelas houve mais de um executivo que me assegurou que não entendia o quê eu queria fazer. Daí que quando o filme triunfou, eu fui o primeiro surpreendido”, diz Lucas, um dos produtores independentes mais reputados, com uma fortuna estimada em 3,6 bilhões de dólares. Um sucesso que se aprecia a simples vista nas instalações de sua empresa, radicadas num antigo quartel militar, dentro do que é um grande parque e pulmão de São Francisco (Califórnia).

Como assegura Filoni, Lucas não necessitaria esta abundância de espaço numa industria mais que acostumada a recortar gastos. “E sem embargo lhe encanta construir maravilhosos lugares de trabalho, rodeados de mar ou montanhas. Com a natureza como fonte de inspiração”, e acrescenta em tom messiânico: “Lhe respeito como o criador do universo de A guerra nas Estrelas, me sinto afortunado de poder formar parte dele”.

Os demais companheiros de trabalho falam em termos parecidos. “Foi todo um prazer compartilhar com Lucas o mesmo desejo de devolver a magia da A Guerra nas Estrelas de novo à tela”, diz o colombiano Sergio Páez, artista de story boards. Nic Anastassio, francês, um dos montadores, também se sente “eleito”. Em Lucasfilm Animation trabalham mais de 100 pessoas no departamento de animação e outras 1.500 nas outras três empresas do grupo. O espírito é tal, que algum descreve este grupo de estúdios como “o pátio de recreio de um multimilionário”.

Abundância de madeiras, detalhes de art nouveau e da cultura japonesa, mas o primeiro com o que o visitante se tropeça ao entrar nos estúdios são as réplicas em tamanho natural de Darth Vader ou de Boba Fett. Lucas ri dos comentários. “Não sei se é um lugar de recreio, porém sim sei que A Guerra nas Estrelas é minha diversão. E o rancho, os estúdios, são meu hobby. Me divirto fazendo os filmes que quero, colecionando os pôsteres que quero e construindo os edifícios que quero. Tudo isso sou eu”, resume.

Fica claro que Star wars: the clone wars surge porque ele quer e porque pode. Ademais, como recorda Filoni, não estão sozinhos. “É difícil de acreditar que 30 anos mais tarde este título geral a mesma emoção que senti eu aos quatro anos”. Lucas poderia ser hoje o dono da Pixar se não houvesse vendido esta companhia há 20 anos, quando não era mais que um incipiente estúdio, por cinco milhões de dólares a Steve Jobs, seu atual presidente, hoje à frente da Apple. “Lucas ama a animação. Pensou em ser desenhista e o haveria sido se não houvesse se distraído fazendo estes seis filmes”, brinca Filoni.

As últimas entregas da A Guerra nas Estrelas deixaram muito a desejar tanto entre a crítica como entre seu público. Star wars: the clone wars não nasceu como um longa-metragem, mas como uma série de TV, com episódios de cinco minutos que passaram a ser de 25. De acordo com Lucas, foi sua qualidade que lhe convenceu a fazer um filme para apresentar a serie e as novas personagens como Ahsoka, a primeira mulher aprendiz de Jedi. “Na atualidade, a TV me parece um meio mais interessante. O cinema leva demasiado tempo e muito recurso para contar uma historia muito mais concreta”, comenta.

Lucas experimenta na TV com outras influencias, desde o estilo manga japonês até o das marionetes britânicas da serie Guardiães do espaço, de Gerry Anderson. “Todo o desenvolvimento da historia, dos episódios, a pre-visualização e a direção de arte se fazem no estúdio de Big Rock. Depois se mandam os episódios completos a Singapura ou a Taiwan que voltam às instalações de Skywalker para a pos-produção e a montagem”, detalha Filoni. De acordo com a produtora Catherine Winder, a idéia de criar este estúdio internacional não foi só econômica, mas “reunir um talento internacional difícil de trazer aos EUA”.
Em todo o processo, a participação de Lucas foi intensa. “Partimos do zero e, ainda que tenha muita gente que trabalha para mim, investi dois anos para pô-los em dia com este universo. Porém, ao final, meu título é o de produtor executivo, assim que foram eles os que fizeram o trabalho diário”, assegura. Winder indica que outra das inovações de Lucas é que produziu o filme como se se tratasse de um filme convencional. “George trabalhou distanciando-se dos métodos tradicionais de animação, acrescentando uma iluminação muito marcada e mais próxima à imagem real. Criou o filme na sala de montagem mais que nos storyboard como se faz habitualmente. Ensinou-lhes a montar com o cinema tradicional na cabeça”.

Num momento no qual a animação por ordenador tende ao hiper-realismo, Lucas reconhece que ele preferiu estilizar seus protagonistas “porque se quisesse que fossem reais, utilizaria atores de verdade”. E outra de suas decisões excepcionais foi o de produzir de seu próprio bolso não só o filme, mas também os 22 primeiros episódios da primeira temporada de Star wars: the clone wars sem esperar contar com um distribuidor ou com um canal de TV. Decisão arriscada, tendo em conta que cada um dos capítulos custa entre 750.000 e 1,5 milhão de dólares (preço médio em series de sucesso como Os Simpsons ou Uma Família da Pesada, ainda que o normal costuma ser 375.000 dólares).

Os estúdios Fox, distribuidores até agora de todas as entregas da saga, não se interessaram na ocasião e a Warner só se interessou quando, ademais da série, Lucas lhes ofereceu também um longa-metragem. Pode existir um final para o império galáctico? “Pra mim é muito difícil imaginar, porque George Lucas tem tantas historias e seu universo é tão rico e com tal profundidade de conteúdos, que não considero possível”, afirma Winder, apontando já a essa outra série de TV em marcha, desta vez com imagem real e que provavelmente se gravará na Austrália, centrada na vida cotidiana dos habitantes da galáxia nos anos do império, um fragmento de vida que iria entre os episódios III e IV. “Parece que todas as pessoas que conheço cresceram com A Guerra nas Estrelas”, confirma Lucas com humor. “Não importa que geração, todos passaram por esta faceta. E esta é uma nova exploração de outra parte destas galáxias, com uma textura diferente, animada, e num meio diferente, a TV”.

Anastassio encolhe os ombros quando escuta os temores de que Star wars: the clone wars não seja capaz de alcançar a seus predecessores na bilheteria. “Com que me encontre a um rapazinho de sete ou oito anos com os olhos como pratos e querendo ver o filme de novo, pensarei que fizemos bem nosso trabalho”, diz. Dado que definitivamente no vocabulário de A Guerra nas Estrelas não existe o “nunca jamais”, significará esta nova vida a possibilidade de completar a saga com os episódios VII, VIII e IX que Lucas sempre negou que tiveram uma historia? Ele sorri, com algumas sacudidas de sua preeminente barriga. Sua companheira sentimental, Mellody Hobson, presidenta da companhia Ariel Capital, lhe espera no carro para abandonar o rancho. O dia foi longo. “Uma vez que Luke Skywalker redime a seu padre, o que passa com o filho não me interessa. Não é a historia que quero contar e não sei que fazer com ele. Não tenho nada pensado para Skywalker. Por isso evito essa parte da historia e a seguirei evitando enquanto possa”, conclui.

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Star Wars
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Star Wars (A Guerra das Estrelas / Guerra nas Estrelas) é o título de uma Space Opera (nas próprias palavras do seu autor que assim designou o universo de fantasia que compunha este projeto) que foi transformada em uma série de seis filmes de ficção científica. Como subprodutos surgiram também uma franquia literária, uma série de jogos eletrônicos e desenhos animados (incluindo inúmeras prequelas, sequências e adaptações literárias) baseados nas idéias do cineasta e roteirista George Lucas. Os filmes, organizados em duas trilogias, abordam a transição histórica "numa galáxia muito, muito distante...." onde ocorre a queda da República Galáctica e a implantação e posterior derrocada do Império Galáctico sob comando do senador Palpatine (Lord Sith).
Os episódios são:
I.
A Ameaça Fantasma, Maio 19 de 1999;
II. O Ataque dos Clones, Maio 16 de 2002;
III. A Vingança dos Sith, Maio 19 de 2005;
IV. Uma Nova Esperança, Maio 25 de 1977;
V. O Império Contra-Ataca, Maio 21 de 1980
VI. O Retorno de Jedi, Maio 25 de 1983;
VI. guerras clonicas - agosto 15 de 2008 E ainda há o universo expandido, que são alguns episódios extras de Star Wars criados por fãs, ou até mesmo por Lucas. Um exemplo é Sombras do Império ou como O retorno de Darth Vader

O Universo

Os acontecimentos relatados em Star Wars ocorrem numa galáxia fictícia, sendo cada filme acompanhado por um pequeno texto de abertura com a intenção de contextualizar essa história no Universo Star Wars. É a única vez nos filmes que este Universo é analisado tendo o nosso como ponto de referência. O texto começa com a expressão: "Há muito tempo, numa galáxia muito,muito distante....", numa clara alusão aos contos de fadas "Era uma vez...". (Estão bem presentes quatro pontos ao fim da frase, desde 1977 e o primeiro filme, e este erro foi voluntariamente repetido para todos os outros filmes).
Muitas das suas personagens são humanas, interagindo com várias criaturas fantásticas de muitos sistemas planetários diferentes. Utiliza vários elementos sobrenaturais como
Magia, cavaleiros Jedi, bruxas e princesas, procurando reinterpretar arquétipos clássicos dos contos de fada e outros elementos mitológicos.
Apesar dos filmes decorrerem no período cronológico de duas gerações, o Universo Expandido decorre num período de milhares de anos (mais de 25140 anos), desde acontecimentos anteriores aos relatados nos jogos
Star Wars: Knights of the Old Republic ("KOTOR") (2003) ou KotOR II - The Sith Lords aos decorridos na banda desenhada (História em Quadrinhos) Legacy of The Force ou Star Wars: Legacy.
A publicação de "Nova Ordem Jedi" contribuiu para o aumento do Universo, seguindo-se a publicação de bandas desenhadas (Histórias em Quadrinhos), livros e jogos que ampliaram o Universo Star Wars futuro e passado, levando a criação de várias eras com períodos cronológicos bem definidos.
República
República galáctica é uma
civilização ficcional ou modelo de sociedade onde milhares de civilizações de planetas diferentes mantinham-se organizadas na forma de um senado galáctico.
No senado, representantes de cada
civilização ou planeta interagiam entre si. A república dominou a galáxia por milhares de anos, criando um governo justo e pacífico, incluindo inúmeros planetas, mas ao final tornou-se corrupta e acabou sendo dissolvida pelo Imperador Palpatine em um golpe de estado.

Eras

A contagem do tempo faz-se antes (ABY) e depois (DBY) da batalha de Yavin (a destruição da 1ª Estrela da Morte), apresentada no Episódio IV.
A 1ª de que há registro, e a Era Pré Repúblicana (13700000000ABY ou 7500000000ABY (formação do Sistema Cularin)-25000ABY),desde o Big Bang no Universo do Star Wars, até a formação de Grandes Impérios, como os do
Rakata, conhecido como "Império Infinito", famosos por construirem o Star Forge (30000 ABY) ou o Império Xim (25130 ABY),e a fundação de Coruscant (200000 ABY)encerrando este Período com a formação da República em 25000 ABY,
A 2ª é a Era da Velha República (25000 ABY-1000 ABY), focando a recém formada República Galáctica, os seus protectores, a Ordem
Jedi e os seus inimigos, os Sith. Começa com a criação da República e termina com a derrota da "Brotherhood of Darkness" ou Irmandade da Escuridão na 7ª Batalha de Ruusan e o posterior renascimento da República na Reforma Ruusan.
A 3ª é a Era do Império (1000 ABY-0 ABY) que foca a era dourada da República e a sua posterior transformação no
Império Galáctico através das maquinações de, Darth Bane e posteriormente Darth Sidious, culminando na Guerra dos Clones. A história contada nos Eps. I, II e III passa-se no final desta era.
A 4ª é a Era da Rebelião (0 ABY-5 DBY), focando o período dos filmes originais, os Eps
IV, V e VI. Foca a Guerra Civil Galáctica entra a Rebelião e o Império até à Batalha de Endor.
A 5ª é a Era da
Nova República (5 DBY-25 DBY), que conta a formação da Nova República e a sua luta com vários líderes imperiais, culminado com o fim da Guerra Civíl Galáctica com o Tratado Pellaeon-Gavrisom ou Acordos de Bastion.
A 6ª é a Era da
Nova Ordem Jedi(25 DBY-40 DBY), introduzindo novas galáxias e raças como os Yuuzhan Vong e a Civilização Killik e a reconstrução da Ordem Jedi pela mão de Luke Skywalker.
A 7ª é a Era do Legado (40 DBY- ), não possuindo ainda um fim definido. Esta era começa com a Nova Ordem Jedi e a Aliança Galáctica em 40 ABY, mas 100 anos no futuro relata e existência de um novo Império Galáctico e novos Sith, e a luta de Cade Skywalker para salvar a galáxia.

A Força

A Força é uma constante nas sagas Star Wars e sujeita a muitas interpretações, sendo descrita por Obi-Wan Kenobi no Ep. IV da seguinte forma: "An energy field created by all living things. It surrounds us, penetrates us, and binds the galaxy together." - Um campo de energia criado por tudo o que vive. Rodeia-nos, penetra-nos e une a galáxia.
No universo expandido,
Luke Skywalker diz: "The Force is a river from which many can drink, and the training of the Jedi is not the only cup which can catch it." - A Força é um rio onde muitos podem beber, e o treino do Jedi não é a única taça que a pode conter. Numa clara alusão às diferentes filosofias.
As teorias defendidas pela velha Ordem Jedi são as que nos são apresentadas nas duas triologias: Ashla (o Lado Luminoso) versus Bogan (o Lado Negro da Força), com as suas filosofias próprias.

Código Jedi:

“There is no emotion, there is peace.” - Não existe emoção, existe paz.
“There is no ignorance, there is knowledge.” - Não existe ignorância, existe conhecimento
“There is no passion, there is serenity.” - Não existe paixão, existe serenidade.
“There is no death, there is the Force.” - Não existe morte, existe a Força.
Filosofia Sith:
“Peace is a lie, there is only passion.” - Paz é uma mentira, só existe paixão.
"Through passion, I gain strength." - Através da paixão, ganho força.
"Through strength, I gain power." - Através da força, ganho poder.
"Through power, I gain victory." - Através do poder, atinjo a vitória.
"Through victory, my chains are broken." - Através da vitória, as minhas correntes são quebradas
"The Force shall free me." - A força me libertará.
Apesar de ambas as facções procurarem atingir um patamar existencial superior, fazem-no com diferenças filosóficas acentuadas.
Os
Jedi defendem o distanciamento emocional, a meditação, devendo as suas acções serem pautuadas pela sabedoria e lógica em função do bem comum, sendo Força usada com sensatez e de forma pacífica. Os Jedi devem fazer um uso da Força que sirva o conhecimento e para se defenderem, nunca para atacar. Defendem uma atitude menos interventiva, na qual se deve aceitar as situações menos positivas e tentar contorná-las ou resolvê-las de forma a aceitar o fluxo natural do universo e da Força.
Os
Sith, em contrapartida, acreditam na utilização de emoções fortes para alimentarem as suas habilidades, defendem a sobrevivência do mais apto e o uso sem restrições das suas habilidades. As suas técnicas tendem a ser mais agressivas e destructivas. Mesmo curar alguém pode ser um acto que se aproxima da filosofia Sith quando tal é feito com o total desrespeito das leis naturais e vergando a Força à vontade do utilizador (como é o caso de Cade Skywalker na 6ª era - Era do Legado).
O único ponto em que concordam é no perigo que o amor representa. Para os Jedi, pode levar a sentimentos como ciúme e raiva. Para os Sith, pode levar a sentimentos como compaixão e pena.
Midi-chlorians

Posteriormente, no Ep.I foi introduzido o conceito de "midi-chlorians", como organismos microscópicos, existentes nas células de seres vivos, que facilitam a interação com a Força e podem ser utilizados para contabilizar a sensitividade de cada um. Os que possuirem uma contagem maior de "midi-chlorians", poderão manipular de forma mais eficaz a Força.
Um teste sanguíneo é suficiente para confirmar a quantidade desses seres e dessa forma indicar o nível de sensitividade de alguém. Permitem a percepção da Força da mesma forma que os nossos olhos permitem ver certas frequências luminosas ou os nossos ouvidos interpretar as vibraçoes do ar como som.
Ao longo do Universo expandido foram surgindo formas artificiais de embuir alguém ou algo com o poder da Força, quer seja através de cristais artusianos, de artefatos Sith ou das manipulações genéticas dos Rakata. A invenção do conceito de "
midi-chlorians" poderá vir a explicar como esses processos funcionam, podendo no entanto entrar em conflito com a existência de seres não orgânicos (Shards e Tsil) sensitivos à Força.
Poderes

A Força confere aos seus utilizadores uma série de talentos excepcionais, a sua maioria de origem psíquica, tais como telepatia, telecinesia, habilidades precognitivas, mas também melhoria de atributos físicos (velocidade, força e resistência). Quando canalizada para o meio envolvente em vez de uma pessoa, permite técnicas como descargas eléctricas e estrangulamento (via telecinesia), repetidamente usadas pelos Sith ou habilidades curativas e criação de escudos pelos Jedi de acordo com as filosofias de cada um.
Ao longo dos vários filmes e do Universo Expandido existe uma grande variedade de técnicas diferentes, nas quais a Força permite a criação de resultados bem diferentes dos acima mencionados. Luke Skywalker utilizou-a para conseguir acertar no alvo no Ep.IV e destruir assim a 1ª Estrela da Morte,
Darth Sidious dominou a técnica que permite transferir o seu espírito para outros corpos, enganando a morte, tal como Qui-Gon-Jinn que se tornou um fantasma da Força e transmitiu esse conhecimento a Yoda e Obi-Wan Kenobi ,que em seguida a repassou para seu aprendiz Anakin Skywalker.
Na nomenclatura normal dos poderes da Força apenas diz-se "Force" na frente e, em seguida, o tipo específico do poder. Por exemplo: os raios lançados por Dooku (Dokan) contra Yoda e Obi-Wan no EP. II se chamam Force Lightning; a habilidade de enforcar à distância é Force Grip, entre outros. Existem, no entanto, muitas exceções à regra, na maioria dos casos relativos à habilidades conjutas (maioria), e não poderes de ataque/defesa com de costume. Exemplo disso é o Battle Meditation (e não "Force Battle Meditation").
Sabres de Luz
Introduzidos no Ep. IV os "lightsabers" ou sabres de luz, tornaram-se um dos elementos visuais que mais marcaram os filmes e o restante Universo Expandido.
Inicialmente criados pelos Jedi, rapidamente foram adoptados pelos Sith e outros sensitivos, tornando-se na galáxia, sinónimo de algum tipo de ligação com a Força, apesar de poderem ser utilizados por não sensitivos (como o General Grievous). No entanto, a
Força é um elemento fundamental na sua construção, visto que é através dela que os vários componentes são fundidos, de forma a garantir o correcto fluxo de energia.
Os elementos que sobressaem na composição de uma sabre de luz são os cristais que irão contribuir para a cor, e características da lâmina, podendo existir até um máximo de três cristais no sabre de luz normal.

Citando as palavras da Mestre Jedi Luminara Unduli:

"The crystal is the heart of the blade." - O cristal é o coração da própria lâmina.
"The heart is the crystal of the Jedi." - O coração é o cristal do próprio Jedi.
"The Jedi is the crystal of the Force." - O Jedi é o cristal da própria Força.
"The Force is the blade of the heart." - A Força é a lâmina do próprio coração.
"All are intertwined: The crystal, The blade, The Jedi." - Todos estão ligados: o cristal, a lâmina, o Jedi.
"You are one." - São um.
O filme

Inicialmente, George Lucas escreveu um roteiro de 6 horas de filme, e o fez mesmo prevendo a resposta do estúdio. Recebendo um "não" como resposta, decidiu dividir o filme em 6 episódios, sendo que resolveu gravar apenas os 3 últimos pois os julgava mais interessantes e reconhecia neles aspectos que cativaria o público. Mas no fim dos anos 90 os fãs ganharam um presente, a notícia de que os 3 primeiros episódios seriam gravados. Antes disso, no início da década de 90, os 3 episódios já gravados foram relançados em edição remasterizada.
A Fox, por desacreditar num filme que falava sobre o espaço, que na época era loucura, permitiu que George Lucas tivesse todos os direitos do filme, o que garantiu a George Lucas dinheiro suficiente para montar suas próprias empresas cinematográficas. Dentre elas a ILM, empresa que revolucionou a industria cinematográfica com efeitos especiais de altíssima qualidade, desenvolvendo tecnologia própria. Hoje, George Lucas é dono das seguintes companhias: Lucasfilm; LucasArts; Industrial Light & Magic; Lucasfilm Animation; Skywalker Sound; Lucas Licensing; Lucas Online; George Lucas Educational Foundation.
Entre as empresas criadas por George Lucas, que depois se tornaram independentes, estão Avid Technology, THX e Pixar Animation.
Com o sucesso de Star Wars (Guerra nas Estrelas) surgiram várias lendas, e na sede dos fãs de saber mais sobre a saga, histórias e mais histórias surgiram, porém não se sabe sobre a veracidade delas. Uma delas é que George Lucas teria escrito 9 episódios e não 6, uns dizem que o que acontecerá nos últimos 3 episódios, outros dizem que George Lucas não revelou nada sobre eles e que não pretende gravá-los, pois diz que não terão o mesmo efeito que os outros episódios tiveram, outros também afirmam que ele deixou os episódios disponíveis para qualquer diretor que quiser gravá-los, mas não se sabe ao certo qual dessas informações é verídica.
A saga Star Wars faz uso de arquétipos, comuns tanto em
ficção científica quanto em mitologia antiga, assim como da musica romântica presente nesses gêneros. Em 2005, a Revista Forbes estimou o rendimento total gerado pela franquia Star Wars (durante o percurso de seus 28 anos de história) em aproximadamente US$ 20.000.000.000,00 (vinte bilhões ou vinte mil milhões de dólares), facilmente fazendo-a uma das franquias baseadas em filmes de maior sucesso de todos os tempos. Também na Forbes, na lista das pessoas mais ricas do mundo publicada na revista em 2004, George Lucas aparece em 153º lugar, com uma fortuna estimada em 3 bilhões de dólares.
História da produção e realização do filme
George Lucas era um dos diretores da nova geração do cinema americano nos anos 70, juntamente com
Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Martin Scorcese e Brian de Palma. Após o sucesso de American Grafitti, George Lucas consegue convencer a Fox a financiar o filme, conseguindo uma verba de 8 milhões de dólares americanos. Entretanto, antes disso, vários estúdios já tinham recusado o filme. Para impressionar os executivos da Fox, Lucas contratou Ralph MacQuirre, designer da Boeing e artista conceitual, para desenhar as cenas a partir do roteiro. Lucas exigiu em seu contrato que as possíveis sequências do filme seriam realizadas por ele, além de ter garantido os direitos de merchandising sobre a obra. A Fox, não imaginando o sucesso do filme, concordou com Lucas, que também não esperava, naquele momento, que o filme se tornasse um divisor de águas da indústria cinematográfica americana.
Durante a elaboração do roteiro de Star Wars, Han Solo chegou a ser um alienígena verde e Luke um
general de 60 anos de idade. O sobrenome original de Luke, (nome obviamente escolhido devido ao nome do diretor) era Starkiller, alterado para Skywalker no roteiro final. Devido a grandiosidade do roteiro, Lucas dividiu a história em 6 partes, começando a partir da 4º parte, considerada mais viável economicamente e de maior apelo ao público.
Lucas opta por escolher um elenco desconhecido, desagradando o estúdio. Harrison Ford, que já era conhecido, foi inicialmente chamado apenas para participar dos testes de elenco. Vários atores como Kurt Russel fizeram testes para o papel de Solo.
Mark Hamill era conhecido por seu papel em uma série de televisão e Carrie Fisher era filha de artistas consagrados de Hollywood, mas também era desconhecida. Peter Mayhew foi escolhido para o papel de Chewbacca devido a sua altura (2,20 m). Kenny Baker, um comediante anão, faria R2-D2 e o artista mímico Anthony Daniels, seria C-3PO. David Prowse, com seus 2 metros e corpo atlético seria Darth Vader. Mas a voz de Vader ganharia a interpretação de James Earl Jones, ator reconhecido do teatro e que mais tarde trabalharia novamente com Harrison Ford na série "Jack Ryan: Jogos Patrióticos e Perigo Real e Imediato", interpretando o almirante Jim Greer. Para viver Obi-Wan Kenobi, o famoso ator britânico e vencedor do Oscar por "A Ponte do Rio Kwai", Alec Guinness fora chamado por Lucas para dar credibilidade ao filme.
O início das filmagens ocorre na
Tunísia, em pleno deserto do Saara. Ao mesmo tempo, nos estúdios Elstree em Londres, os cenários gigantescos da Estrela da Morte e das naves, era construído. Nos Estados Unidos, a ILM (Industrial Light & Magic), empresa fundada por Lucas, começava a preparar os modelos, miniaturas e equipamentos para criar os efeitos especiais.
Na Tunísia, logo no inicio das filmagens sob um calor de 40º, o cenário do filme do planeta Tattoine é destruído por uma tempestade. Problemas com R2-D2 são corriqueiros. O ator Anthony Daniels se machuca com a armadura de C-3PO antes das filmagens.
Após semanas na Tunísia, as filmagens passam para Londres. Lucas enfrenta diversos problemas como a interrupção das filmagens as 17:30h todos os dias devido as normas do sindicato inglês, as constantes brincadeiras dos atores durantes as filmagens, as discussões com a equipe técnica do estúdio inglês e a pressão do estúdio Fox pelo término das filmagens. Na Fox, apenas Alan Ladd Jr., executivo que contratara Lucas, ainda acreditava no sucesso de Star Wars. Nesse momento os técnicos ingleses chegavam a perguntar aos atores "que filme era aquele, com tantas babaquices e coisas sem sentido", segundo o documentário "Impérios dos Sonhos". Mal sabiam que estavam participando do filme que mudaria a história do cinema e que revolucionária a forma de se fazer filmes.
Após as filmagens em Londres, Lucas se concentra na produção dos efeitos do filme e na montagem. O primeiro corte de Star Wars foi um desastre, segundo Lucas, obrigando-o a demitir o editor e contratar uma nova equipe de edição. A ILM, nesse momento, só tinha produzido 4 tomadas para o filme, sendo que todas foram descartadas por Lucas. Com o prazo se esgotando, Lucas assume o controle da ILM. Para mostrar aos técnicos o que ele desejava em termos de ação e velocidade para as cenas de batalha espacial, recorreu a filmes de combates aéreos da Segunda Guerra Mundial.
Para a
trilha sonora, Lucas contrata John Williams, compositor já reconhecido por trabalhos como Jaws (Tubarão) de Spielberg. A trilha é gravada pela Orquestra Sinfônica de Londres. Na primeira exibição do filme ainda não finalizado, a executivos da Fox, alguns chegaram a chorar e reconhecer que Star Wars modificaria história do cinema.
Com o atraso na produção do filme, a estréia programada para dezembro de 1976 fora adiada para 25 de maio de 1977. A princípio, em torno de apenas 40 cinemas aceitaram exibir o filme. Muitos críticos e executivos esperavam o fracasso do filme nas bilheterias e Lucas não imaginava o que estaria por vir. A campanha de marketing bem sucedida nos meses anteriores com a exibição de traillers, a venda de produtos e difusão do filme entre entusiastas de ficção científica e histórias em quadrinhos, alavancou o filme e filas imensas se formaram no dia de estréia. Nas primeiras semanas Star Wars já batia todos os recordes de bilheteria tornando-se um estrondoso sucesso de público e de crítica.
Star Wars fora indicado a diversos prêmios Oscar, inclusive melhor filme, ganhando praticamente todos prêmios técnicos como efeitos sonoros, visuais, edição, de um total de 7 estatuetas. O sucesso de bilheteria pelo mundo todo garantiu a Lucas as condições financeiras para produzir a sequência de Star Wars, O Império Contra-Ataca e depois O Retorno de Jedi.
Star Wars revolucionou o cinema e a forma de se fazer filmes. Surge aqui o conceito de blockbuster (filme arrasa-quarteirão) com grandes bilheterias e orçamentos. O público jovem era o novo alvo da indústria. As inúmeras técnicas criadas pela ILM revolucionaram a indústria de efeitos especiais no cinema, dando origem a outras divisões como Skywalker Sound, THX, Pixar, LucasArts entre outras.
George Lucas, com Star Wars, tornara-se o cineasta independente de maior sucesso do cinema. Lucas colocou praticamente todo dinheiro ganho com Star Wars na produção de O Império Contra-Ataca, não se rendendo ao poder dos estúdios. Na verdade, Lucas foi responsável por revitalizar a força daquilo que ele sempre combateu como cineasta independente.
A partir de Star Wars e suas sequências, todo um universo de produtos foi desenvolvido, como história em quadrinhos, desenhos animados, brinquedos, roupas, etc. Star Wars se tornou uma febre mundial e mesmo após 30 anos de seu lançamento, em 2007, a franquia continua forte. O lançamento recente dos últimos 3 filmes da série alavancaram mais ainda o que já era um sucesso, conquistando uma nova geração de fãs.

Temáticas

A utilização da fórmula épica é uma constante nos filmes, recorrendo à utilização de temas e conceitos comuns aplicados visualmente e no desenrolar da história. A reinterpretação dos arquétipos mitológicos é a base da intemporalidade dos filmes, pois focam temáticas com que todos se relacionam, incorporando no entanto conceitos modernos:
As tensões pais\filhos (Anakin\Obi-Wan e Luke\Anakin), as donzelas em perigo (Padmé\Leia) que afinal não são assim tão indefesas, as histórias de
amor que persistem contra todas as adversidades (Padme\Anakin e Leia\Han)
Um exemplo da utilização de arquétipos ao longo das sagas é o paralelismo entre as histórias de Anakin e Luke Skywalker:
Ambos são encontrados ainda jovens por um ancião que os introduz a um universo mais amplo, revelando-lhes as suas habilidades, ambos os anciãos sabem algo sobre a sua origem que os próprios desconhecem (Qui-Gon-Jin e a profecia sobre o Escolhido e Obi-wan Kenobi e a identidade de Darth Vader), ambos vêm o seu mestre morto antes de terem o seu treino completo, sendo adoptados por um mestre com uma relação aluno/
professor com o mestre anterior (Obi-wan é o antigo padawan de Qui-Gon e Yoda é um antigo mestre de Obi-wan. Ambos evidenciam-se no uso da Força (Anakin ultrapassa os seus mestres e Luke evolui quase sem treino), ambos são assolados por fortes emoções: amor e raiva. Anakin sente amor por Padme e raiva pela morte da sua mãe e Luke sente amor pelos seus amigos e raiva pela morte dos seus tios, ambos vêm essas emoções utilizadas contra si na tentativa de os persuadir para o Lado Negro da Força e ambos são salvos pela compaixão que sentem. Luke pela compaixão pelo seu pai, não o matando quando teve oportunidade e Anakin pela compaixão pelo seu filho, não deixando que o Imperador o matasse.

Ficha técnica

Personagens

Anakin Skywalker (epis. I Jake Lloyd) (epis. II e III : Hayden Christensen) (epis. VI Sebastian Shaw)
Darth Vader (epis. III Hayden Christensen) (epis. IV, V, VI David Prowse) (epis. III, IV, V e VI dublando a voz: James Earl Jones)
Obi-Wan Kenobi (epis. I, II e III Ewan McGregor)(epis. IV, V e VI Alec Guiness)
Luke Skywalker (epis. IV, V e VI Mark Hamill)
Princesa Leia (epis. IV, V e VI Carrie Fisher)
Han Solo (epis. IV, V e VI Harrison Ford)
Padmé Amidala (epis. I, II e III Natalie Portman)
Mace Windu (epis. I, II e III Samuel L. Jackson)
Mestre Yoda (performance Frank Oz) (epis. I, II ,III,V e VI)
Chewbacca (epis. III, IV, V e VI Peter Mayhew)
C-3PO (epis. I a VI Anthony Daniels)
R2-D2 (epis. I, III, IV e VI Kenny Baker)
Lando Calrissian (epis. V e VI Billy Dee Williams)
Palpatine/Darth Sidious(epis. I, II ,III,V e VI Ian McDiarmid}
Conde Dookan/Darth Tyrannus(epis II e III Christopher Lee)
Qui-Gon Jinn -(epi. I Liam Neeson)
Música
John Williams acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Londres