terça-feira, junho 10, 2008

O vinil é melhor


ENTREVISTA com ELVIS COSTELLO

"O vinil é melhor; levam mais de 20 anos nos enganando com o CD"

FERNANDO NEIRA – El País - Madrid - 10/06/2008
Tradução de Antonio de Freitas Jr.

'Momofuku', seu novo e enérgico disco, é a resposta com ar fresco desta lenda do pop no momento atual da indústria e aos iluminados profetas da tecnologia.

Há uns meses tocou o alarme entre seus fãs. "Não voltarei a entrar num estúdio, é um processo demasiado estafante e penoso", alegou. Por sorte, o bom é que Declan Patrick MacManus - Elvis Costello para o mundo desde há 31 anos - faltou com sua palavra. A princípios deste ano ele exigiu a ‘The Imposters’ a gravação em apenas uma semana de ‘Momofuku’, um disco urgente e enérgico que está suscitando comentários entusiastas. E agora embarca numa turnê de lançamento por meio mundo, que conta com apenas duas datas na Espanha: 30 de junho e 1 de julho em ‘Las Palmas de Gran Canaria’, no ‘Festival Arrecife de las Músicas’. Um Costello (Londres, 1954) muito mais loquaz e cordial do que dizem as más línguas atendeu ontem por telefone a este jornalista desde um hotel nos EUA.

P. Que te fez decidir voltar a gravar?
R. Foi quase por casualidade. [A cantora de folk-rock] Jenny Lewis me convidou para colaborar no seu disco e redescobri os bons aspectos deste trabalho. Não havia deixado de compor canções, porém cheguei a pensar que gravar um álbum havia se convertido num fato banal.

P. Angustiava-te as exigências de uma indústria em crise?
R. Eu decidi não voltar a me preocupar com cifras. Só espero que as pessoas se interessem pela minha música, mas já não me importa se a compram ou a roubam. Não sou ninguém para falar em termos comerciais. Por isso mesmo, tenho certeza que você pretende publicar esta entrevista nas páginas de Cultura, não nas de Negócios...

P. Você quis editar Momofuku só em vinil. Não teme que seja visto como um nostálgico?
R. Não é nostalgia. O vinil soa melhor e há mais de vinte anos nos enganam sobre a qualidade do CD. As reedições neste formato dos discos originais analógicos constituem uma desgraça, como também a aceitação do MP3 como um padrão de som. A música se grava numas condições de excelência, mas logo nos conformamos com que a vedam num formato que arruína todos esses meses e meses de trabalho. Este é um problema prioritário: há que se fazer algo a respeito, o quanto antes.

P. Seu novo disco representa um regresso às essências do passado, ao espírito de discos como Get happy!! e outros?
R. É um erro você tratar de fazer as coisas como se fosse mais jovem do que é. A verdade é que nenhuma destas 12 novas canções eu poderia ter escrito com 22 anos. Se as pessoas associam ambos sons é porque somos quase os mesmos músicos, porém não existe nenhuma premeditação a respeito.

R. Nos últimos anos você compôs ballets, jazz, música de câmara... Podemos seguir considerando-lhe um roqueiro?
R. Estas outras facetas minhas só irritam as pessoas com pouca curiosidade. Na verdade estes projetos alternativos estavam sempre presentes: gravei ‘My funny Valentine’ em 1978 e o disco ‘Imperial bedroom’, de 1982, já incluía algo parecido ao tango e ao jazz. Acontece que as oportunidades foram aumentando com os anos, sobretudo a partir da mudança de século. Porém, eu acredito que ‘The Juliet letters’, meu disco com o Brodsky Quartet, goza de um público muito fiel na Espanha, sem ir mais longe.

P. ‘Momofuku’ se abre com ‘No hiding place’, uma sátira sobre a era da Internet. Tão negativas foram suas experiências?
R. Não se trata de uma grande declaração de princípios, mas apenas uma canção mais ou menos cômica. Incomoda-me, sim, a fascinação insana que nos produzem determinados fenômenos. Vivemos num mundo de obsessões e possessões, e qualquer um, desde a impunidade do anonimato, se acha no direito a falar do divino e do humano. Houve um tempo em que se exigiam uns quantos anos de aprendizagem antes de publicar seu primeiro artigo no jornal. Agora tudo o que necessitas é um computador.

P. Satura-te a sobreabundância de informação?
R. Sem dúvida, porque este excesso de opiniões não contribui para aclarar as coisas. Sim, já sei que agora podes conseguir muita informação útil que Há alguns anos atrás resultava inacessível, e isto está muito bem. Porém, também podes ver vídeos de gente trepando num elevador, gravações que foram vendidas pelos próprios serviços de segurança. Este é um mundo sem vergonha...

P. Para que fique claro, você pensa seguir se dedicando a seu oficio nestes próximos anos?
R. Claro! Sou um músico vocacional, não vejo motivos para deixar de sê-lo, a menos que ocorra algo com minha saúde. A única diferença é que desliguei destes planos de negócios que desenhavam os executivos sem a menor idéia de música. Estranhamente, sou otimista de cara ao futuro imediato, porque poderei fazer o que pintar na cabeça sem que nenhum contrato me empeça. Como editar minhas próximas canções em forma de partitura para que outros as cantem. Ou muitas outras idéias, me desculpe, que não vou dizer. Trata-se de evitar que alguém apressado me ultrapasse...
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Elvis Costello
De Wikipedia, la enciclopedia libre

Declan Patrick Aloysius MacManus (nascido em 25 de agosto de 1954), mais conhecido por seu nome artístico de Elvis Costello é um cantor, compositor e músico britânico. Ele teve participação nos primórdios do cenário pub rock britânico no meio dos anos 70, e mais tarde foi associado aos estilos de punk rock e new wave antes de se estabilizar como uma voz única e original nos anos 80. O alcance musical é impressionantemente amplo. Certo crítico escreveu que “Costello, a enciclopédia do pop, pode inventar o passado sob sua própria imagem”.

Biografia
Começo de vida e carreira
MacManus nasceu no St.Mary’s Hospital em Paddington, Londres, vivendo na região até os dezesseis anos. Já com uma família musical (o pai, Ross MacManus, cantava com Joe Loss), MacManus mudou-se com a mãe para Liverpool em 1971. Foi ali que ele formou a primeira banda, Flip City, com um estilo calcado no pub rock; tocaram até 1975/76, época em que MacManus passou a viver em Londres com a esposa e filho.
Teve diversos empregos enquanto continuava a compor, e iniciou uma tentativa agressiva de conseguir um contrato, o que provocou o incidente de uma prisão por atitute suspeita no local de uma reunião de executivos de gravadora. Depois de mandar uma fita demo, foi contratado pela Stiff Records. O empresário na Stiff, Jake Rivera, sugeriu a mudança de nome (usando o primeiro nome de
Elvis Presley e o nome do meio de sua mãe para formar “Elvis Costello”) e juntou-o com uma banda de country/soft rock chamada “Clover”.

Anos 70
O primeiro álbum de Costello, My Aim Is True (1977) foi de um sucesso comercial moderado, com ele aparecendo na capa usando os óculos que se tornariam sua marca registrada, e beirando uma semelhança chocante com Buddy Holly. Este lançamento viu Costello promovido por Stiff como um artista New Wave e punk, apesar do fato de o álbum apresentar a conservadora balada “Alison” (uma de suas canções mais conhecidas). No mesmo ano Costello recrutou sua própria banda, The Attractions, composta por Steve Nieve (piano), Bruce Thomas (baixo) e Pete Thomas (bateria). Ele lançou seu primeiro compacto de sucesso, o cinematográfico “Watching The Detectives”, gravado com Nieve e mais Steve Goulding (bateria) e Andrew Bodnar (baixo), ambos integrantes da banda Graham Parker & The Rumour.
Depois de uma badalada turnê com outros artistas da Stiff (capturada no álbum Live Stiffs, notável pela versão do sucesso de Burt Bacharach/Hal David “I Just Don’t Know What To Do With Myself”), a banda lançou This Year’s Model (
1978), uma gravação frenética preenchida com rouca energia e os versos afiados de Costtelo.
Em
1977 Costello participou do Saturday Night Live. Durante os ensaios, ele e o Attractions tocaram “Less Than Zero”. Mas quando chegou a hora da apresentação, Costello e sua banda fizeram apenas a introdução da música e então – para o choque dos produtores do programa – parou tudo, desculpou-se com a platéia e começou uma versão de “Radio, Radio”, que o programa pediu que não tocassem devido a sua mensagem anti-corporativista (Costello também afirmou achar que “Less Than Zero” não faria muito sentido para o público americano). O produtor Lome Michaels ficou furioso, não só com o desafio de Costello mas também porque o programa foi tirado do ar. Costello só seria convidado a tocar no Saturday Night Live novamente em 1989, não aparecendo em mais nenhum programa de TV americano nos anos seguintes a esse incidente.
1979 foi sem dúvida nenhuma o ano do auge do sucesso comercial de Costello com o lançamento de Armed Forces (intitulado originalmente de Emotional Fascism). Inspirada pelas turnês constantes, a banda estava em fina forma e Costello evoluiu notavelmente seu talento de compositor, passando a tratar de assuntos pessoais e políticos. Ele também encontrou tempo naquele ano para produzir o álbum de estréia da banda de ska The Specials.
Seu sucesso nos E.U.A foi severamente prejudicado, entretanto, quando Costello chamou
Ray Charles de “crioulo cego e ignorante” durante uma discussão com Bonnie Bramlett no bar do hotel Holiday Inn em Columbus, Ohio (sendo um comentário particularmente esquisito, pois Elvis trabalhava constantemente na campanha britânica Rock Against Racism tanto antes quanto depois disso). Um contido Costello desculpou-se em uma conferência de imprensa em Nova York, dizendo que estava bêbado e que disse aquilo só para provocar Bramlett (e conseguiu; ela lhe deu um murro). Em seu encarte da versão remasterizada de Get Happy!!, Costello escreveu que recusou um convite para conhecer Charles pouco tempo depois do infame incidente: “qualquer desculpa depois de todos esses anos seria mais do que embaraçosa para todos os presentes, e tudo que eu pude fazer foi virar meu rosto em vergonha e frustração sabendo que aquela era uma mão que eu provavelmente nunca apertaria... eu também descobri que a culpa é um fogo que arde sem qualquer sinal de limitação”. O incidente com Bonnie inspirou Costello a compor Riot Act, canção presente no álbum Get Happy!.

Anos 80
Possivelmente como outra afirmação de seu auto-imposto débito com a música negra, o álbum seguinte de Costello e o Attractions, Get Happy!!, foi um inventivo pastiche do pop da new wave com a soul music. Seria o primeiro e, juntamente com King Of America, provavelmente o mais bem sucedido dos muitos experimentos de Costello com gêneros além dos quais ele é comumente associado. A brevidade das canções (20 faixas em aproximadamente 45 minutos) formatou o novo estilo da banda. Liricamente, as canções eram repletas da marca registrada de Costello - o jogo de palavras - ao ponto de ele sentir mais tarde como se estivesse tornando-se uma auto-paródia, diminuindo o ritmo em composições posteriores.
Trust, de 1981, soava mais
pop, mas o resultado geral era claramente influenciado pelas tensões crescentes entre a banda, particularmente entre Bruce e Pete Thomas. Apesar de seu ecletismo, ‘’Trust’’ não obteve muita repercussão e foi o primeiro álbum de Costello a não gerar compactos de sucesso.
Depois da instatisfação comercial de Trust, Costello deu um tempo da carreira de compositor e a banda seguiu para
Nashville para gravar Almost Blue, um álbum de versões de sucessos da música country compostos por Hank Williams (“Why Don’t You Lije Me (Like You Used To Do?)”), Merle Haggard, (“Tonight The Bottle Let Me Down”) e Gram Parsons (“How Much I Lied”). Com críticas variadas, algumas das quais acusavam Costello de estar ficando sofisticado, a gravação foi lançada com uma faixa que trazia a mensagem: CUIDADO: Este álbum contém música country & western e pode ofender a ouvintes de mente limitada.
Imperial Bedroom, de 1982, marcou um som mais obscuro, quase barroco, para Costello, em grande parte devido à produção de Geof Emerick, famoso por ser o engenheiro-de-som de várias gravações dos Beatles. Apresentando uma gama superior de canções – tanto musicalmente quanto liricamente – este permanece como um de seus álbuns mais aclamados pela crítica, mas, novamente, fracassou em gerar compactos de sucesso. Costello disse não ter gostado da promoção do estúdio para o álbum, com fracos anúncios consistindo apenas da frase “Obra Prima?”.
1983 viu o lançamento de outra experimentação de pop-soul com Punch The Clock, com backing vocals femininos e até uma banda de metais. Foi deste álbum que saiu o sucesso internacional “Everyday I Write The Book”, ilustrado por um profético vídeo-clipe que apresentava sósias do príncipe Charles e da princesa Diana passando por uma crise doméstica em uma casa suburbana.
A tensão entre a banda estava passando a ficar insuportável, e Costello, começando a se sentir esgotado, anunciou sua aposentadoria e a separação do grupo logo depois da gravação de Goodbye Cruel World, em
1984. Com um número de canções fracas (e mesmo as melhores, mal produzidas), o disco não obteve muita repercussão, e até os mais fanáticos seguidores de Costello consideram Goodbye como seu pior álbum.
A aposentadoria de Costello, embora de vida curta, foi acompanhada por duas coletâneas, Elvis Costello: The Man no Reino Unido, Europa e Austrália e The Best of Elvis Costello and the Attractions nos E.U.A.
Em
1985, Costello juntou-se a seu amigo T-Bone Burnett para gravar um compacto chamado “The People’s Limousine” sob o pseudônimo de “The Coward Brothers”. Neste mesmo ano, Costello produziu Rum, Sodomy and the Lash para a banda punk/folk Pogues. Foi aí que ele conheceu sua segunda esposa, Cait O’Riordan, baixista do Pogues.
Já em
1986 Costello estava se preparando para retomar sua carreira. Trabalhando nos Estados Unidos com Burnett, mais uma banda contendo vários músicos de apoio de Elvis Presley e uma parte da formação do Attractions, ele produziu King of America, um álbum firmado no som do violão country, complementado por algumas de suas melhores composições por um bom tempo. Foi nesta época que ele voltou legalmente a se chamar Declan MacManus, acrescentando um Aloysius como um nome do meio extra.
No final do mesmo ano, ele voltou ao estúdio com o Attractions e gravou Blood And Chocolate, proclamado por um fervor pós-punk que não se via desde This Year’s Model, de 1978. Também marcou o retorno do produtor Nick Lowe, que produziu os primeiros cinco álbuns de Costello. Foi neste disco que ele usou pela primeira vez seu alter-ego “Napoleon Dynamite” (este apelido havia sido usado anteriormente em 1982, quando o lado-B do compacto “Imperial Bedroom” foi creditado à “Napoleon Dynamite & The Royal Guard”.)
Em
1987 Costello, com um novo contrato pela Warner Bros., deu início ao que seria uma longa parceria com Paul McCartney. Eles compuseram diversas canções juntos, incluindo “Veronica” e “Pads, Paws and Claws” do álbum Spike (1989, disco que também contém God´s Comic) e “So Like Candy” e “Playboy to a Man” de Mighty Like A Rose (1991), ambos álbuns de Costello, e “My Brave Face”, “Don’t Be Careless Love”, “That Day Is Done” e “You Want Her Too”, de Flowers in the Dirt, “Back On My Feet” (Lado B do single Once Upon A Long Ago) e “The Lovers The Never Were” e “Mistress and Maid” de Off The Ground, lançados por McCartney. Em 1989, ele participou de um especial pela HBO, Roy Orbison and Friends, A Black and White Night, estrelando seu ídolo de longa data Roy Orbison, e foi convidado a participar do Saturday Night Live pela primeira vez desde 1977.

Anos 90
Em 1991 Costello lançou o supracitado Mighty Like A Rose, nesta época deixando crescer uma infame e longa barba.
Em
1993 Costello provou das águas da música clássica com uma aclamada colaboração com o Brodsky Quartet em The Juliet Letters. Costello retornaria ao rock and roll no ano seguinte em um projeto que o reuniu com o The Attractions, Brutal Youth. Um álbum de versões gravado cinco anos antes foi lançado em 1995, ‘’Kojak Variety’’, seguido em 1996 por um álbum de canções que ele escrevera originalmente para outros artistas, All This Useless Beauty. Este foi o último álbum de seu contrato com a Warner Bros.
Em
1996 ele colaborou com Burt Bacharach em uma canção chamada “God Give Me Strength” para o filme ‘’Grace Of My Heart’’. Esta colaboração levou a dupla a compor e gravar um álbum juntos, Painted From Memory, lançado em 1998 sob seu novo contrato com a Mercury Records.
Para o vigésimo quinto aniversário de Saturday Night Live, Costello foi convidado para o programa, onde ele reviveu sua abrupta troca de músicas de 1977. Desta vez, entretanto, ele interrompeu “Sabotage”, dos
Beastie Boys, e eles ficaram como sua banda de apoio em “Radio, Radio”.

2000 até o presente
Em 2001, Costello foi anunciado como o “artista em residência” na UCLA (embora ele tenha terminado fazendo menos aparições do que o previsto) e compôs músicas para um balé. Ele também produziu e participou de um álbum da cantora de ópera Anne Sofie von Otter, For The Stars.
Em
2002 ele lançou um novo álbum, When I Was Cruel, viajando em turnê com uma nova banda, o Imposters (o Attractions com um baixista diferente, Davey Farragher). Costello separou-se de sua segunda esposa, Cait O’Riordan, no final do mesmo ano.
Em março de
2003, Elvis Costello & The Attractions foram incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll. Em maio, seu casamento com a cantora de jazz canadense Diana Krall foi anunciado. Setembro viu o lançamento de North, um álbum de baladas ao piano. Em dezembro, Costello e Krall se casaram na mansão londrina de Elton John. Em 2004 a canção “Scarlet Tide” (co-escrita por Costello e T-Bone Burnett e usada no filme ‘’Cold Mountain’’) foi indicada ao Oscar; ele tocou-a na premiação com Alison Krauss, que a canta na trilha sonora oficial.
Em julho de
2004 o primeiro trabalho orquestral em larga larga escala de Costello, Il Sogno, foi apresentado em Nova York. O trabalho, um balé inspirado na obra “Sonho de Uma Noite de Verão” de William Shakespeare foi representado pela trupe de dança italiana Aterballeto, sendo um sucesso de crítica. Enquanto o escrevia, Costello propositalmente recusou-se a ouvir as interpretações anteriores de Mendelssohn e Britten em função de preservar sua própria originalidade. Uma gama de estilos e temas musicais foi usado para representar os diferentes elementos dos personagens. Il Sogno foi lançado em CD em setembro do mesmo ano pela Deustche Grammophon.
Costello também lançou outro álbum naquele mesmo mês: The Delivery Man, um álbum de rock gravado em Oxford, Miss. Composto em sua maioria de blues, country e folk, The Delivery Man foi aclamado pela crítica com um dos melhores álbuns de Costello, e dá continuação à busca pessoal de Elvis de lançar um disco diferente em cada um dos selos da gravadora Universal.
Ainda no contexto do álbum The Delivery Man, em outubro de
2005, Costello esteve no Brasil, desta vez não como "atração-extra" (como no Free Jazz de 1995), mas como principal atrativo do TIM Festival daquele ano. Fez 3 shows, nos quais realizou um memorável apanhado de sua carreira: um no Rio de Janeiro, outro em Belo Horizonte e ainda um em São Paulo. Neste último houve um comparecimento significativo de grandes nomes da música nacional.

Discografia
Álbuns
1. 1977 - My Aim Is True
2.
1978 - This Year's Model
3.
1979 - Armed Forces
4.
1980 - Get Happy!!
5.
1981 - Trust
6.
1981 - Almost Blue
7.
1982 - Imperial Bedroom
8.
1983 - Punch the Clock
9.
1984 - Goodbye Cruel World
10.
1986 - King of America
11.
1986 - Blood and Chocolate
12.
1989 - Spike
13.
1991 - Mighty Like a Rose
14.
1993 - The Juliet Letters
15.
1994 - Brutal Youth
16.
1995 - Kojak Variety
17.
1996 - All This Useless Beauty
18.
1996 - Costello & Nieve
19.
1998 - Painted from Memory, com Burt Bacharach
20.
2002 - When I Was Cruel
21.
2002 - Cruel Smile
22.
2003 - North
23.
2004 - The Delivery Man
24.
2004 - Il Sogno

Coletâneas
1. 1980 - Taking Liberties
2.
1980 - Ten Bloody Marys & Ten How's Your Fathers
3.
1987 - Out of Our Idiot
4.
1993 - 2½ Years
5.
2003 - Singles, Volume 1
6.
2003 - Singles, Volume 2
7.
2003 - Singles, Volume 3
(Esta seção está incompleta).

Relançamentos pela Rhino
Todos os álbuns de estúdio de Costello até 1996 (com exceção de ‘’The Juliet Letters’’) foram relançados de 2001 a 2005 pela Rhino Records, sob a supervisão do próprio Costello e apresentando, em cada caso, um disco bônus de lados-B, outtakes, faixas ao vivo, versões alternativas e/ou demos das músicas. O som foi remasterizado e Costello escreveu o encarte de cada álbum, com suas reflexões sobre as músicas e anedotas da época de gravação.
Os discos bônus de ‘’Almost Blue’’ e ‘’Kojak Variety’’ destacam-se particularmente por conter, cada um deles, praticamente um novo álbum de material que foi gravado na época ou não lançado, ou que saiu no lado-B de compactos.
O disco bônus de ‘’Get Happy’’ também se destaca, com 30 faixas adicionais que o transformaram num álbum duplo com 50 canções.

Álbuns em Tributo
1. 1998 - Bespoke Songs, Lost Dogs, Detours & Rendezvous - (vários artistas)
2.
2002 - Almost You: The Songs of Elvis Costello - (vários artistas)
3.
2003 - The Elvis Costello Songbook - Bonnie Brett
4.
2004 - A Tribute to Elvis Costello - Patrik Tanner

Filmografia
1979 estréia no cinema como 'The Earl of Manchester' em Americathon
1984 como ‘Henry Scully' na série de TV britânica Scully
1985 como o mágico inepto 'Rosco de Ville' em No Surrender
1987 como 'Hives the Butler' em Straight to Hell, estrelando Joe Strummer e Courtney Love
1997 como si mesmo em Spice World
1999 como si mesmo em Austin Powers: The Spy Who Shagged Me, tocando com Burt Bacharach
1999 como si mesmo em 200 Cigarettes
2001 como um defensor público e professor em Prison Song
2002 como si mesmo em How I Spent My Strummer Vacation, um episódio do The Simpsons
2003 Indicado ao Oscar na categoria “Melhor Canção Original” por “The Scarlet Tide” em Cold Mountain
2003 como 'Ben' no episódio “Farewell, Nervosa” da série Frasier
2003 apresentador convidado no The Late Show with David Letterman
2004 tocando a canção de Cole Porter "Let's Misbehave" em De-Lovely

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