Aqui nasceu a saudade 'hippy'
ANDREA AGUILAR – El País - 16/08/2009
Tradução de Antonio de Freitas Jr.
Hoje, há 40 anos, meio milhão de jovens se espremia em Woodstock, o pai de todos os festivais de música. Foi talvez o desastre de maior sucesso da historia. Três dias de paz e amor convertidos na imagem ícone de uma época. Visitamos o lugar onde se celebrou para comprovar o que sobrou de um mito que continua seduzindo.
Foi quase um mês depois de que Neil Armstrong pisasse na Lua e apenas uns dias mais tarde que os seguidores de Charles Manson perpetrassem os selvagens assassinatos na casa de Roman Polanski. Em 14 de agosto de 1969, furgões, ônibus escolares reciclados e milhares de utilitários colapsaram a rota 17b do Estado de Nova York. Aquele monumental engarrafamento foi o começo de um lendário fim de semana no qual cerca de meio milhão de jovens se encontraram nos terrenos da fazenda de Max Yasgur.
Houve uma quantidade considerável de estupefacientes, muito barro e uma estranha sensação de liberação e idílio coletivo. Janis Joplin, Jimi Hendrix, Joan Báez, Sly, Richie Havens e Joe Cocker, e mais 25 grupos, puseram a trilha sonora ao desastre de maior sucesso que se recorda na historia dos festivais de música. O então governador Nelson A. Rockefeller declarou o condado zona catastrófica. O Exército acudiu em seu auxilio. Remédios e comida foram lançados desde o ar. Woodstock passou a se converter num marco de uma geração.
Quarenta anos depois, a estrada que conduz até os terrenos onde se celebrou o festival, no pequeno condado de Bethel, quase não mudou. Contudo, o número de turistas que visitam a zona aumentou bastante desde que se abriu em 2006 o Centro Bethel Woods. Seu auditório, com capacidade para 15.000 pessoas, programa atuações de Bob Dylan e da Filarmônica de Nova York, e o concerto em homenagem aos ‘Heroes of Woodstock’, com oito dos artistas que atuaram em 1969.
No alto de uma colina de frente para o auditório, centenas de estudantes secundaristas escutam numa manhã de julho a historia de Duke Devlin. “Vim passar três dias e fiquei 40 anos”. Alto e corpulento, este sobrevivente do festival põe a luzir sua barba e mechas brancas e muitas tatuagens nos braços. Parece um Papai Noel alternativo. Após sua passagem pela Marinha, esteve vários anos saltando de comuna em comuna. Numa delas viu um anuncio do festival. Não pensou duas vezes. Em Woodstock se uniu aos membros de ‘Hog Farm’, o coletivo de Santa Fé. “Distribuímos comida e ajudamos aqueles que tinham viagens ruins de ácido”.
Quando tudo terminou, Duke começou a trabalhar numa vacaria dos arredores. Hoje seus netos vão à escola local e ele é guia no centro. Num carrinho de golfe, conduz até a zona onde se montou o palco em 1969, um grande retângulo sem grama, coberto de pedras. A uns metros adiante se encontra uma placa comemorativa. Um casal de bermudas tira fotos. O mito segue sendo atraente. Este ano, 13 novos livros foram publicados nos Estados Unidos e o diretor Ang Lee estreia um filme sobre o festival.
Cabe dar razão a Ellen Willis, a pioneira crítica de rock que inaugurou o gênero na revista ‘New Yorker’. “Há que reconhecer algum mérito aos produtores da Feira de Arte e Música de Woodstock: no fim das contas, deram um golpe magistral na questão de relações públicas”, escreveu Willis em sua crônica sobre o festival para a revista. “Parece que conseguiram fazer com que a ideia de que a crise em Bethel foi um caprichoso desastre natural mais que o resultado da incompetência humana, que a participação massiva era totalmente inesperada (e que, portanto, era impossível que qualquer ser racional pudesse prevê-la) e que, ademais, eles perderam mais de um milhão de dólares no processo de ser boa gente, porque fizeram todo o possível por converter o que apontava ser um fracasso num fim de semana cabeça”.
O mito de Woodstock que Willis via crescer dias depois do festival acabou de se estabelecer graças ao documentário ‘Woodstock Festival: três dias de paz, amor e música’, dirigido por Michael Wadleigh e editado por Thelma Schoonmaker e Martin Scorsese. Chegou às telas em 1970 e foi agraciado com um Oscar. Nele se mostrou ao grande público a chegada do Exército e dos helicópteros, as pipas de papel de prata e o êxtase coletivo; as atuações de Hendrix, Joan Báez e Richie Havens. Woodstock se converteu num mito global. As imagens de jovens desnudos banhando-se nos lagos ou deslizando-se pelo barro passaram a formar parte do imaginário coletivo.
O barro de 1969 ficou neutralizado no centro de arte de Bethel. “Quando me propuseram que eu me encarregasse disto, pensei: como vou a vender sexo, drogas e ‘rock and roll’ a estudantes?”, diz Wade Lawrence, o diretor do museu do centro. A solução foi apostar pelo contexto e fazer um museu de historia política e social dos anos sessenta. Aqueles anos estiveram marcados pela luta em prol dos direitos civis e o movimento estudantil contra a guerra do Vietnã. Kennedy chegou à presidência e Martin Luther King encabeçou a histórica marcha até Washington; ambos morreram assassinados. As comunas se expandiam, o ácido e a maconha eram moedas comuns entre os adolescentes alternativos e o rock vivia uma nova idade dourada.
Nas telas enormes do museu, Richie Havens canta ‘Freedom’ – o hino que improvisou sobre o palco quando já não sabia mais o que tocar –, e Joe Cocker agradece a ajuda de seus amigos em ‘With a little help from my friends’. As vitrines mostram as capas de discos de Supremes, Dylan e dos Beatles, entre outros.
Woodstock se encontra a uma hora e meia de carro do museu. Os promotores originalmente planejaram celebrar aqui o festival. Quando tinha vinte anos, Michael Lang se instalou em Woodstock atraído pela presença de Dylan, Joplin e Hendrix na zona. Lang ia e vinha da cidade e rapidamente conseguiu um encontro com Artie Kornfeld, diretor artístico na Mercury Records aos 25 anos. Juntos idealizaram o plano de montar uma discográfica com sede no povoado.
John Roberts, um rico herdeiro de uma empresa química, e Joel Rosenbam, bacharel em Direito por Yale, foram os investidores da recém fundada Woodstock Ventures. Rápido tomou corpo a idea de organizar um festival. Contrataram a uma equipe e uma agência de relações públicas, Wartoke, para dar publicidade ao evento. “Sou um grande fã de usar os rumores como instrumento de promoção”, escreveu tempo depois Lang num livro comemorativo do festival.
Tom Benton não escutou os rumores que circulavam pelo Village, simplesmente viu um anuncio de página inteira no ‘The New York Times’. Tinha 19 anos e uma paixão desaforada pela música. Relembra sentado em sua loja de guitarras situada na rua principal de Woodstock. “Morria de vontade de ver Jeff Beck e os Iron Butterfly, mas caíram fora da programação na última hora”. Benton não somente foi um dos poucos que pagaram – a avalanche de público fez com que os organizadores declarassem entrada livre –, senão que, ademais, assegura que não perdeu nenhum concerto; nem sequer o ‘Star spangled banner’ de Hendrix, que tocou na manhã de segunda-feira, quando a maioria do público já havia se retirado.
É difícil imaginar a Benton despenteado no lamaçal, um homem de meia cabeleira branca e partinha simétrica. Durante 20 anos renunciou à música e se dedicou a exercer como advogado. “Disse que quando completasse 50 voltaria pra cá”. Em sua loja montou um selo discográfico e dá aulas de música.
Naquele verão, ninguém tinha certeza de que o festival fosse finalmente acontecer. A tensão entre os sócios crescia e as possíveis localizações do macroconcerto eram os seus maiores problemas. Quatro semanas antes que Woodstock abrisse suas portas, ainda não tinha local definitivo.
“Eu salvei o festival. É hora de que se saiba que Woodstock ocorreu graças a um gay”, diz Elliot Tiber, fazendo cara de sério, sentado junto a sua cadelinha ‘Molly’. Decidido a aclarar a historia, este escritor e cômico – vizinho de Tennessee Williams em sua juventude e amigo do fotógrafo Mapplethorpe – publicou suas memórias há dois anos. O livro, ‘Taking Woodstock’, inspirou o filme homônimo de Ang Lee, no qual se recria o motel ‘El Mónaco’ que era gerenciado pelos pais de Elliot Tiber.
Elliot Landy, o fotógrafo oficial do festival, foi um dos hóspedes do motel. Desde algum tempo vivia em Woodstock, onde havia fotografado a Bob Dylan e The Band para as capas de seus discos. Durante os três dias em que cobriu o festival tirou mais de 2.500 fotos. Uma seleção de seu trabalho viajará pela Espanha até finais deste ano.
Além do documentário e das fotografias, aquele momento foi histórico? “A música não foi memorável para os que viram ao vivo”, contesta o grande papa da crítica Robert Christgau. “Sejamos claros, os sistemas de som em 1969 eram ruins”.
Christgau foi ao festival com sua namorada, a crítica Willis. Também levaram seus dois filhos, de dois anos e oito meses. O menor, Nathan, hoje é editor de música na revista Rolling Stone. “Meus pais eram um pouco mais velhos que a maioria do público. Não eram ‘hippies’, estavam mais para um tipo ‘beatniks-folk’”. Em Bethel acamparam no bosque. Anos depois, lhe contaram como acabaram dando de comer a um montão de desconhecidos. “Diziam que se sentiram como monitores de um acampamento”.
Na segunda-feira, 17 de agosto de 1969, ao terminar o concerto de Hendrix, os voluntários e membros das comunas recrutadas pela organização começaram a limpar. O promotor Michael Lang subiu num helicóptero que o levou até Wall Street. Ali se celebrou a primeira das amargas reuniões nas quais os quatro organizadores se enfrentaram durante anos. Acabou-se a paz. Na fazenda de Yasgur tardaram um mês em limpar. Dizem que centenas de objetos ficaram no lodo. Arqueologia de uma geração que já é historia.
Festival de Woodstock
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Woodstock foi um festival de música anunciado como "Uma Exposição Aquariana", organizado na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, Nova York, de 15 a 18 de agosto de 1969. Era para ocorrer na pequena cidade de Woodstock, estado de Nova Iorque, onde moravam músicos como Bob Dylan, mas a população não aceitou, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância.[1]
O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como uma dos maiores momentos na história da música popular.
O evento foi capturado em um documentário lançado em 1970, Woodstock, além de uma trilha-sonora com os melhores momentos.
Introdução
Woodstock surgiu dos esforços de Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld. Roberts e Rosenman, que entrariam com as finanças, colocaram um anúncio sob o nome de Challenge International, Ltd., no New York Times e no Wall Street Journal ("Jovens com capital ilimitado buscam oportunidades de investimento legítimas e interessantes e propostas de negócios").[2] Lang e Kornfeld responderam o anúncio, e os quatro reuniram-se inicialmente para discutir a criação de um estúdio de gravação em Woodstock, mas a idéia evoluiu para um festival de música e artes ao ar livre.[2]
Mesmo considerado um investimento arriscado, o projeto foi montado tendo em vista retorno financeiro. Os ingressos passaram a ser vendidos em lojas de disco e na área metropolitana de Nova York, ou via correio através de uma caixa postal. Custavam 18 dólares (aproximadamente 75 dólares em valores atuais), ou 24 dólares se adquiridos no dia.[3] Aproximadamente 186,000 ingressos foram vendidos antecipadamente, e os organizadores estimaram um público de aproximadamente 200,000 pessoas.[4] Não foi isso que aconteceu, no entanto. Mais de 500,000 pessoas compareceram, derrubando cercas e tornando o festival um evento gratuito.
Este influxo repentino provocou congestionamentos imensos, bloqueando a Via Expressa do Estado de Nova York e eventualmente transformando Bethel em "área de calamidade pública". As instalações do festival não foram equipadas para providenciar saneamento ou primeiros-socorros para tal multidão, e centenas de pessoas se viram tendo que lutar contra mau tempo, racionamento de comida e condições mínimas de higiene.[5]
Embora o festival tenha sido reconhecidamente pacífico, dado o número de pessoas e as condições envolvidas, houve duas fatalidades registradas: a primeira resultado de uma provável overdose de heroína, e a outra após um atropelamento de trator. Houve também dois partos registrados (um dentro de um carro preso no congestionamento e outro em um helicóptero), e quatro abortos.[6]
Ainda assim, em sintonia com as esperanças idealísticas dos anos 60, Woodstock satisfez a maioria das pessoas que compareceram. Mesmo contando com uma qualidade musical excepcional, o destaque do festival foi mesmo o retrato comportamental exibido pela harmonia social e a atitude de seu imenso público.[7]
Artistas que se apresentaram em Woodstock
O livro Woodstock, do jornalista americano Pete Fornatale, é um relato sobre as apresentações de cada artista presente em Woodstock, contado por quem esteve lá (artistas, jornalistas, público e produtores do evento). O livro comemora os 40 anos do festival e faz justiça a possíveis talentos esquecidos presentes na lista abaixo.
Sexta-feira, 15 de agosto - O 1º dia de festival
O festival abriu oficialmente às 17 horas com Richie Havens. Este dia apresentou sets mais leves, trazendo a maior parte dos artistas folks que participaram.
Richie Havens (abriu o festival)
High Flyin' Bird
I Can't Make It Any More
With a Little Help from My Friends
Strawberry Fields Forever
Hey Jude
I Had A Woman
Handsome Johnny
Freedom/Sometimes I Feel Like a Motherless Child
Swami Satchidananda (deu a invocação para o festival)
Country Joe McDonald (tocou separado da sua banda, The Fish)
I Find Myself Missing You
Rockin All Around The World
Flyin' High All Over the World
Seen A Rocket Flyin'
The "Fish" Cheer / I-Feel-Like-I'm-Fixin'-To-Die Rag
John Sebastian
How Have You Been
Rainbows Over Your Blues
I Had A Dream
Darlin' Be Home Soon
Younger Generation
Sweetwater
What's Wrong
Motherless Child
Look Out
For Pete's Sake
Day Song
Crystal Spider
Two Worlds
Why Oh Why
The Incredible String Band
Invocation
The Letter
This Moment
When You Find Out Who You Are
Bert Sommer
Jennifer
The Road To Travel
I Wondered Where You Be
She's Gone
Things Are Going my Way
And When It's Over
Jeanette
America
A Note That Read
Smile
Tim Hardin (com um repertório de uma hora)
If I Were A Carpenter
Misty Roses
Ravi Shankar (com um repertório de 5 músicas tocadas durante uma chuva)
Raga Puriya-Dhanashri/Gat In Sawarital
Tabla Solo In Jhaptal
Raga Manj Kmahaj
Iap Jor
Dhun In Kaharwa Tal
Melanie
Tuning My Guitar
Johnny Boy
Beautiful People
Arlo Guthrie (a ordem do repertório é incerta)
Coming Into Los Angeles
Walking Down the Line
Story about Moses and the Brownies
Amazing Grace (encerrou a apresentação)
Joan Baez (grávida de seis meses na época)
Story about how the Federal Marshals came to take David Harris into custody.
Joe Hill
Sweet Sir Galahad
Drugstore Truck Driving Man
Sweet Sunny South
Warm and Tender Love
Swing Low, Sweet Chariot
We Shall Overcome
Sábado, 16 de agosto
O dia abriu às 12:15 da tarde, e trouxe os principais artistas psicodélicos e de rock do festival.
Quill (repertório de quatro músicas, totalizando quarenta minutos)
They Live the Life
BBY
Waitin' For You
Jam
Keef Hartley Band
Spanish Fly
Believe In You
Rock Me Baby
Medley
Leavin' Trunk
Sinnin' For You
Santana
Waiting
You Just Don't Care
Savor
Jingo
Persuasion
Soul Sacrifice
Fried Neckbones
Country Joe McDonald (sem a banda The Fish)
The Fish Cheer
Canned Heat
A Change Is Gonna Come/Leaving This Town
Going Up The Country
Let's Work Together
Woodstock Boogie
Mountain (repertório de uma hora, incluindo a "Theme For An Imaginary Western", de Jack Bruce)
Blood of the Sun
Stormy Monday
Long Red
Who Am I But You And The Sun
Beside The Sea
For Yasgur's Farm (até então sem nome)
You and Me
Theme For An Imaginary Western
Waiting To Take You Away
Dreams of Milk and Honey
Blind Man
Blue Suede Shoes
Southbound Train
Janis Joplin (dois bis: Piece of "My Heart" e "Ball & Chain")
Raise Your Hand
As Good As You've Been To This World
To Love Somebody
Summertime
Try (Just A Little Bit Harder)
Kosmic Blues
Can't Turn you Loose
Work Me Lord
Piece of My Heart
Ball & Chain
Grateful Dead
St. Stephen
Mama Tried
Dark Star/High Time
Turn On Your Love Light
A apresentação do Grateful Dead foi atrapalhada por problemas técnicos, incluindo um pedaço do chão defeituoso e também dois dos integrantes da banda, Jerry Garcia e Bob Weir, afirmaram levar choque toda hora que encostavam em suas guitarras. A performance do Grateful Dead não foi incluída no filme, mas, em um breve momento do filme, Jerry Garcia aparece segurando uma maconha, dizendo: "Maconha. Exibição A".
Creedence Clearwater Revival
Born on the Bayou
Green River
Ninety-Nine and a Half (Won't Do)
Commotion
Bootleg
Bad Moon Rising
Proud Mary
I Put A Spell On You
Night Time is the Right Time
Keep On Chooglin'
Suzy Q
Sly & the Family Stone
M’Lady
Sing A Simple Song
You Can Make It If You Try
Everyday People
Dance To The Music
I Want To Take You Higher
Love City
Stand!
The Who (começou às 4 da manhã, com um repertório que incluia a ópera rock Tommy)
Heaven and Hell
I Can't Explain
It's a Boy
1921
Amazing Journey
Sparks
Eyesight to the Blind
Christmas
Tommy Can You Hear Me?
Acid Queen
Pinball Wizard
Incidente com Abbie Hoffman
Do You Think It's Alright?
Fiddle About
There's a Doctor
Go to the Mirror
Smash the Mirror
I'm Free
Tommy's Holiday Camp
We're Not Gonna Take It
See Me, Feel Me
Summertime Blues
Shakin' All Over
My Generation
Naked Eye
Jefferson Airplane (começou às 6 horas da manhã, com um repertório de apenas 8 músicas. A vocalista Grace Slick saudou a platéia dizendo: "Ok, amigos, vocês já viram os grupos pesados; agora vocês verão música maníaca da manhã, acredite em mim, yeah. Isso é uma nova manhã... [...] Bom dia, pessoal!")
Volunteers
Somebody To Love
The Other Side of This Life
Plastic Fantastic Lover
Won't You Try/Saturday Afternoon
Eskimo Blue Day
Uncle Sam's Blues
White Rabbit
Domingo, 17 de agosto
O dia abriu às 14 horas com Joe Cocker. Os eventos deste dia acabariam atrasando a agenda do festival em nove horas, e no nascer do sol do dia seguinte o concerto ainda continuava, apesar da maioria do público já ter ido embora.
Joe Cocker
Dear Landlord
Something Comin' On
Do I Still Figure In Your Life
Feelin' Alright
Just Like A Woman
Let's Go Get Stoned
I Don't Need A Doctor
I Shall Be Released
With a Little Help from My Friends
Após o repertório de Joe Cocker, um temporal deu-se inicio interrompendo o festival por longas horas.
Country Joe and the Fish (continuou a apresentação às 18:00 horas)
Rock and Soul Music
Thing Called Love
Love Machine
The "Fish" Cheer/I-Feel-Like-I'm-Fixin'-To-Die Rag
Ten Years After
Good Morning Little Schoolgirl
I Can't Keep From Crying Sometimes
I May Be Wrong, But I Won't Be Wrong Always
Hear Me Calling
I'm Going Home
The Band
Chest Fever
Tears of Rage
We Can Talk
Don't You Tell Henry
Don't Do It
Ain't No More Cane
Long Black Veil
This Wheel's On Fire
I Shall Be Released
The Weight
Loving You Is Sweeter Than Ever
Blood, Sweat & Tears (abriu à meia-noite, com cinco músicas)
More and More
I Love You More Than You'll Ever Know
Spinning Wheel
I Stand Accused
Something Comin' On
Johnny Winter (trazendo Edgar Winter, seu irmão, em duas músicas)
Mama, Talk to Your Daughter
To Tell the Truth
Johnny B. Goode
Six Feet In the Ground
Leland Mississippi Blues/Rock Me Baby
Mean Mistreater
I Can't Stand It (com Edgar Winter)
Tobacco Road (com Edgar Winter)
Mean Town Blues
Crosby, Stills, Nash & Young (começou por volta das três da manhã com um set acústico e outro elétrico separado)
Set acústico
Suite: Judy Blue Eyes
Blackbird
Helplessly Hoping
Guinnevere
Marrakesh Express
4 + 20
Mr. Soul
Wonderin'
You Don't Have To Cry
Set elétrico
Pre-Road Downs
Long Time Gone
Bluebird
Sea of Madness
Wooden Ships
Find the Cost of Freedom
49 Bye-Byes
Paul Butterfield Blues Band
Everything's Gonna Be Alright
Driftin'
Born Under A Bad Sign
Morning Sunrise
Love March
Sha-Na-Na
Na Na Theme
Yakety Yak
Teen Angel
Jailhouse Rock
Wipe Out
Book of Love
Duke of Earl
At the Hop
Na Na Theme
Jimi Hendrix (após ser apresentado à platéia como "Jimi Hendrix Experience", Jimi, já em palco, corrigiu o nome do grupo para "Gypsy Sun and Rainbows"). O repertório de Hendrix consistia em 16 músicas
Message to Love
Hear My Train A Comin'
Spanish Castle Magic
Red House (Durante essa música, uma corda da guitarra de Hendrix estourou, mas ele continuou tocando com cinco cordas)
Mastermind (escrita e cantada por Larry Lee)
Lover Man
Foxy Lady
Jam Back At The House
Izabella
Fire
Gypsy Woman/Aware Of Love (Essas duas músicas escritas por Curtis Mayfield foram cantadas por Larry Lee como um medley)
Voodoo Child (Slight Return)/Stepping Stone
The Star-Spangled Banner
Purple Haze
Woodstock Improvisation/Villanova Junction
Hey Joe
Curiosidades
Fazenda de Max Yasgur, onde aconteceu o Festival de Woodstock
Max Yasgur (15 de Dezembro de 1919 — 9 de Fevereiro de 1973) foi o dono da fazenda em Bethel, Nova York, onde ocorreu o festival em 1969.
A banda Grateful Dead tocou durante a chuva. Alguns membros da banda tomaram choques durante a sua apresentação e Phil Lesh (o baixista) ouviu o rádio de transmissão de um helicóptero através do amplificador de seu baixo enquanto tocava.
The Doors inicialmente concordaram em tocar pois acharam que o festival fosse ocorrer no Central Park, mas decidiram ir contra a idéia quando souberam que o festival ocorreria em uma fazenda isolada da cidade.
Jimi Hendrix estava agendado para tocar no domingo, mas, pelas ocorrências inesperadas, acabaram por tocar na manhã de segunda-feira, quando restavam apenas 35.000 pessoas.
Apesar do festival ter abrangido uma multidão de 500.000 pessoas, apenas 200 pessoas foram presas no local por ofensas, mesmo estando sob os efeitos incontestáveis das drogas.
Foram documentadas apenas duas mortes no festival: uma pessoa morreu de overdose de droga, a segunda pessoa morreu ao ser atropelada por um trator enquanto dormia no campo. Algumas fontes afirmam que há uma terceira morte, devido a uma apendicite, mas isso ainda não foi provado.
Apresentações canceladas
The Jeff Beck Group estava agendado para tocar no festival, mas cancelou pois a banda acabou uma semana antes.
Iron Butterfly ficaram presos no aeroporto.
A banda canadense Lighthouse estava certa de que tocaria no festival, mas, no final, acabaram decidindo por não tocar, pois temeram que aquilo fosse uma cena ruim para a banda. Mais tarde, alguns membros do grupo disseram que se arrependeram da decisão.
Convites negados
A banda Led Zeppelin foi chamada para tocar no festival, mas o empresário da banda, Peter Grant, afirmou: "Nós fomos chamados para tocar em Woodstock e a gravadora (Atlantic) estava bastante entusiasmada, e Frank Barsalona (o promotor) também. Porém eu disse não pois em Woodstock nós seríamos apenas outra banda na parada". Em vez disso, o grupo foi para uma turnê de mais sucesso.
The Doors foi considerada uma banda com grande performance, tinham bastante potencial, mas cancelaram a apresentação em cima da hora. Ao contrário do que muitos pensam, esta ocorrência não está relacionada ao fato de o vocalista, Jim Morrison, ter sido preso por postura indecente em um show anteriormente. O cancelamento do show se deu ao fato de que Morrison sabia que a sua voz soaria repugnante por estar ao ar livre. Há também a idéia de que Morrison, em um momento de paranóia, estava com medo que alguém atirasse nele e o matasse quando o mesmo pisasse no palco. No entanto, o baterista John Densmore compareceu no festival; no filme, ele pode ser visto ao lado do palco durante a apresentação de Joe Cocker, quando esse cantava o hino lisérgico "Let's Go Get Stoned".
Os promotores entraram em contato com John Lennon, pedindo para que os The Beatles tocassem no festival. Lennon disse que os Beatles não tocariam no festival a não ser se a Plastic Ono Band, da Yoko Ono, também pudesse tocar. Os promotores o recusaram.
Frank Zappa e The Mothers of Invention afirmaram: "Muita lama lá em Woodstock. Nós fomos convidados para tocar lá, mas recusamos" - Frank Zappa.
Outras edições
Para comemorar os 25 anos do superevento, 250 mil pessoas se reuniram no Woodstock '94, em Saugerties, a 135 km de Nova York. Pagaram 135 dólares para ouvir 40 bandas, entre eles o Nine Inch Nails, Aerosmith, Metallica, Green Day, Red Hot Chili Peppers e músicos como Peter Gabriel, Carlos Santana e Joe Cocker.Outra edição ocorreu em 1999, destruindo a reputação do "Festival da Paz e do Amor" devido à violência e tumultos supostamente incentivados por bandas como Limp Bizkit, Insane Clown Posse e Kid Rock.
No entanto, para o ano de 2009 fala-se da comemoração dos 40 anos do Festival. De acordo com o promotor Michael Lang, este poderá vir a acontecer em Agosto, nos dias 15 e 16 em Nova York (ainda em local indeterminado) e nos dias 22 e 23 em Berlim (num aeroporto abandonado). Os organizadores pretendem recrutar mais bandas que fizeram parte do alinhamento do 1º Festival, nomeadamente Grateful Dead, The Who e Santana.[8]
Notas e referências
1- Woodstock completa 40 anos neste sábado (15/08). Jornal Hoje (14/08/2009). Página visitada em 15/08/2009.
2- 2,0 2,1 Robert Stephen Spitz,. Barefoot in Babylon.
3- http://oregonstate.edu/cla/polisci/faculty-research/sahr/cv1996.pdf
4- BBC ON THIS DAY - 1969: Woodstock music festival ends.
5- Statement on the Historical and Cultural Significance of the 1969 Woodstock Festival Site.
6- Tired Rock Fans Begin Exodus. New York Times (1969-08-18).
7- Andy Bennett,. Remembering Woodstock.
8- Woodstock 2009 Set For New York And Berlin. Página visitada em March 24, 2009.