segunda-feira, dezembro 13, 2010

Pesca na neblina


Pesca na neblina

AP / Mukhtar Khan El País - 13-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um pescador retira a rede do lago Dal, em Srinagar, Cachemira (Índia), entre uma espessa neblina.

Um carro sob a neve


Um carro sob a neve

REUTERS/ Eric Miller El País - 13-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um homem retira com uma pá a neve acumulada em cima de um veículo estacionado em Minneapolis, EUA. A neve chegou a superar os 30 centímetros de altura.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Srawberry Fields de Nova York


Homenagens a Lennon em Nova York

REUTERS El País - 08-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Homenagens a Lennon no Strawberry Fields de Nova York

The Beatles

http://www.elmundo.es/beatles/index.html

Trinta anos sem Lennon

Trinta anos sem Lennon

El País - 08-12-2010

Hoje há três décadas morria assinado em Nova York John Lennon, músico genial e líder dos Beatles, talvez a maior banda de rock do século XX.

A última entrevista de Lennon


A última entrevista de Lennon

AP El País - 08-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

A revista Rolling Stone publicará na íntegra a entrevista com o ex-Beatle John Lennon, concedida três dias antes de ser assinado.

Torre Eiffel fechada pela neve em Paris


A Torre Eiffel fechada pela neve em Paris

El País – 08-12-10

Tradução de Antonio de Freitas

A região de Île-de-France se encontra afetada pelo forte temporal, igual a outros 20 departamentos do norte da França.

FLUMINENSE - CAMPEÃO BRASILEIRO 2010

terça-feira, dezembro 07, 2010

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Mergulho em Veneza


Mergulho em Veneza

AFP El País - 03-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um mergulhador nada nas águas de Veneza, na Praça de São Marcos de Veneza. A água alcançou seu recorde no ano, alcançando uma altura de 1,36 metros. O recorde histórico deste fenômeno ocorreu em 4 de novembro de 1966, com a marca de 1,94 metros (EFE).

quinta-feira, dezembro 02, 2010

The Blues Brothers by Jazz Art & Dance TSV Schleißheim

Natal em Nova York


Natal em Nova York

AFP/ Stan Honda El País - 01-12-2010

Tradução de Antonio de Freitas

As luzes da árvore de Natal do Rockfleller Center, em Nova York, iluminam desde a noite de 30 de novembro. Originária de Mahopac (New York), pesa 12 toneladas, mede 22 metros de altura e está iluminada com luzes LED, mais respeitosas com o meio ambiente, ligadas a mais de oito quilômetros de cabos.

terça-feira, novembro 30, 2010

O Olimpo de Karl Lagerfeld


O Olimpo de Karl Lagerfeld

DANIEL VERDÚ - Moscou - El País - 30/11/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Pirelli apresenta seu calendario, fotografado este ano pelo desenhista alemão. Na foto, Daria Werbony representa a deusa da caça, Artemisa.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Início frio


Início frio

REUTERS/ Alexander Demianchuk El País - 25-11-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um homem levanta sua esposa na Praça Dvortsovaya, em São Petersburgo, pouco depois de celebrar seu casamento. A cidade russa registra máximas de - 5 graus centígrados estes dias, e mínimas de -8.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Featuring - Norah Jones


Featuring

El País - 17 - 11 -2010

Tradução de Antonio de Freitas

Dia 16 de novembro, Blue Note lançara na Espanha '...Featuring', uma coleção cheia de autênticas figuras estelares agrupando as colaborações musicais dos últimos dez anos da artista Norah Jones. As 18 canções do álbum incluem duetos com Ray Charles, Willie Nelson e Dolly Parton, além de alguns ícones do século XXI desde OutKast até Foo Fighters. Ouça em exclusiva em El País.

A Fronteira


A Fronteira

REUTERS/ Eric Thayer 17-11-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um grupo de pessoas caminha pela ponte que marca a fronteira entre ‘Ciudad Juárez’, México, e ‘El Paso’, EUA. A fronteira entre os dois países é uma das mais transitadas do mundo.

quarta-feira, novembro 10, 2010

'El Secreto' de Antonio Banderas


El Secreto’ é uma das 23 fotografias sobre o tema da mulher que Antonio Banderas exporá de 12 a 21 de novembro no Instituto Cervantes de Madri

sexta-feira, novembro 05, 2010

Chico Buarque ganha Prêmio Jabuti 2010

Chico Buarque ganha Prêmio Jabuti 2010


Chico Buarque ganhou o Prêmio Jabuti 2010 com seu livro “Leite Derramado”. O escritor já ganhou este prêmio em 1992 por “Estorvo” e em 2004 por “Budapeste”.

segunda-feira, novembro 01, 2010

Dilma Rousseff Presidenta do Brasil


"Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,

É imensa a minha alegria de estar aqui. Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.

A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!

Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país. Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social. Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto. Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição. Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.

Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões. O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família. É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.

Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.

Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte. A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.

O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro. Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.

Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.

No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.

Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.

Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.

É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.

Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.

Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos. Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.

Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.

Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público. Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo. Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.

As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.

Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.

Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.

Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.

Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.

O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.

Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas. Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde. Me comprometi também com a melhoria da segurança pública. Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.

Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos. Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.

A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade. É aquela que convive com o meio ambiente sem agredí-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.

Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa. Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.

Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.

Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.

Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.

A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.

Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.

Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.

Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.

Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.

Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho. Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.

Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.

Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.

Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.

Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta. Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado. Saberei consolidar e avançar sua obra.

Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo. Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.

Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união. União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.

Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.

Uma abraço a cada um, meus amigos e minhas amigas."

terça-feira, outubro 26, 2010

Kissing A Fool – Michael Bublé



Kissing A Fool – Michael Bublé

You are far
When I could have been your star
You listened to people
Who scared you to death, and from my heart
Strange that you were strong enough
To even make a start
But you'll never find
Peace of mind
Till you listen to your heart

People
You can never change the way they feel
Better let them do just what they will
For they will
If you let them
Steal your heart from you
People
Will always make a lover feel a fool
But you knew I loved you
We could have shown them all
We should have seen love through

Fooled me with the tears in your eyes
Covered me with kisses and lies
So bye
But please don't take my heart

You are far
But I'm never gonna be your star
I'll pick up the pieces
And mend my heart
Strange that I was wrong enough
To think you'd love me too
You must have been kissing a fool
I said you must have been kissing a fool

But remember this
Every other kiss
That you ever give
Long as we both live
When you need the hand of another man
One you really can surrender with
I will wait for you
Like I always do
There's something there
That can't compare with any other

You are far
When I could have been your star
You listened to people
Who scared you to death, and from my heart
Strange that I was wrong enough
To think you'd love me too
You must have been kissing a fool
You must have been kissing a fool
You must have.. been kissing... a fool

O olho do tempo


'O olho do tempo' de Salvador Dalí

CARLES RIBAS El País - 26-10-2010

Tradução de Antonio de Freitas

'El ojo del tiempo', de Salvador Dalí, na exposição do MNAC "Joyas de artista. Del modernismo a la vanguardia"

Chuva em Liverpool


Chuva em Liverpool

GETTY/ Christopher Furlong - El País - 26-10-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Uma mulher caminha por ‘Lime Street Station’, em Liverpool, enquanto as luzes de um anúncio se refletem no solo molhado pela chuva.

Verão

O estado preocupante do afluente do Amazonas

AP El País - 26-10-2010

Tradução de Antonio de Freitas

O rio Negro, principal afluente do Amazonas, registra estes dias o nível mais baixo desde que se começou a tomar medições, em 1902. Se o rio pode ter uma profundidade de até 30 metros, estes dias registra apenas 13 metros. A população afetada pela seca chega aos 22 milhões de pessoas.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Outono


Outono

AFP/ PATRICK PLEUL - El País - 25-10-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Folhas nas árvores prontas para cair no bosque de árvores pertencentes à família das fagáceas em Schlaubetal, próximo da localidade de Bremsdorf, no leste da Alemanha. A zona dos bosques de Schlaubetal recebeu a categoría de parque natural em 1995.

domingo, outubro 24, 2010

Mario Vargas Llosa - Nobel de Literatura


Gorka Lejarceg – El País - 22-10-2010

Mario Vargas Llosa trabalhando em sua casa de Nova York

terça-feira, outubro 19, 2010

Protestos estudantis em Paris


Protestos estudantis em Paris


Protestos estudantis em Paris

El País - 19-10-2010

Foto AP Françoise Mori

Protestos estudantis em Paris contra a reforma da previdência, que prevê a mudança na idade mínima para aposentadoria, de 60 para 62 anos, proposta pelo Presidente Sarkozy.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Renoir no Museu do Prado


O impressionismo de Renoir chega ao Museu do Prado

ÁNGELES GARCÍA Madrid – El País

Tradução de Antonio de Freitas

O Museu do Prado, em Madri, Espanha, mostra nas suas salas nobres 31 obras-primas do pintor francês Renoir emprestadas pela Fundação Clark

quinta-feira, outubro 14, 2010

Desfile militar

Desfile militar

AP 13-10-2010
Tradução de Antonio de Freitas

Os soldados da Coreia do Norte marcham durante o desfile militar para celebrar o 65º aniversário de fundação do país por Kim Il-sung, o pai da pátria e de Kim Jong-il.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Nobel para Vargas Llosa


Nobel para Vargas Llosa

JAVIER RODRÍGUEZ MARCOS – El País

Tradução de Antonio de Freitas

O escritor hispano-peruano, sempre entre os favoritos, autor de 'Conversación en la Catedral', 'La fiesta del Chivo', 'Travesuras de la niña mala' o 'Pantaleón y las visitadoras', consegue o prêmio. "É uma grande alegria que comparto com todos meus amigos", comentou o escritor ao conhecer em Nova York que havia sido premiado com o Nobel de Literatura.

domingo, outubro 03, 2010

sexta-feira, outubro 01, 2010

Rahm Emanuel deixa o gabinete Obama


Obama se concentra na reeleição

após a substituição de seu Chefe de Gabinete Rahm Emanuel

Pete Rouse, um próximo assessor do Presidente, substitui Rahm Emanuel

ANTONIO CAÑO Washington – El País - 01/10/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Num momento decisivo de sua presidência, Barack Obama exonerou Rahm Emanuel, o homem que lhe serviu para conectar com os centros de poder em Washington, e nomeou Pete Rouse para o cargo de Chefe de Gabinete, um integrante de seu mais íntimo círculo de assessores, num movimento que significa o regresso de Obama a suas origens, a recuperação na segunda parte de seu mandato dos valores que fizeram dele um candidato excepcional na historia norte-americana. Com esta mudança, o Presidente demonstra que já começa a se preocupar mais com sua reeleição do que com sua agenda legislativa.

Não é um cavalo-de-pau. É a curva de um transatlântico cujo rumo definitivo tardará uns dias em se conhecer. Pela personalidade e trajetória de Emanuel e de Rouse se pode deduzir, entretanto, algumas consequências imediatas desta mudança: ganham a esquerda e os velhos amigos do Presidente, perdem os advogados do bipartidarismo e do centrismo; ganham os leais, perdem os forasteiros; ganha harmonia a Casa Branca, perde brilhantismo o país.

Emanuel, que agora tratará de ser prefeito de Chicago, era ao mesmo tempo um construtor de acordos políticos, um forasteiro que não participou da campanha eleitoral que se originou do círculo de Hillary Clinton, um dos mais brilhantes cérebros da classe política norte-americana. Foi uma peça fundamental no ressurgimento democrata após o triunfo de George Bush e o arquiteto indiscutível da extraordinária vitória dessa formação nas eleições legislativas de 2004.

Isso o converteu num dos homens mais influentes de Washington. Obama se colocou em suas mãos para promover seu ambicioso projeto de reformas. O plano não saiu de todo bem. Apesar de que o sucesso da aprovação da nova lei sanitária e a de controle financeiro sejam creditados essencialmente a Emanuel, também lhe culpam por um acidentado procedimento que manchou o resultado final e fez Obama parecer fraco e demasiado conciliador.

A esquerda o culpa por isso (e também por alguns desplantes e maus modos) e julga em retrospectiva que a Obama teria sido melhor se tivesse esquecido de cortejar os republicanos e acelerado a aprovação de seu programa de mudanças somente com votos democratas.

Não se pode garantir que a saída de Emanuel, precedida da de três assessores econômicos também do setor centrista, suponha imediatamente um aumento do peso da esquerda nesta Administração. Obama é por natureza um moderado inclinado a escutar ambos os lados. Porém, é de se imaginar que a necessidade de reformulação da imagem do Presidente, depois do previsível sucesso republicano em novembro, acentue a oratória progressista. Provavelmente, a situação do Congresso dentro de um mês não permita outra coisa.

Entra Rouse, o modesto

A saída de Emanuel é mais significativa sobre o rumo que pode tomar os acontecimentos que a entrada de Rouse, que assume com uma etiqueta formal de "interino" que define sua modéstia como figura política. Rouse é a antítese de Emanuel e jamais poderá chegar a seus pés. Após mais de 30 anos no serviço público em Washington, pouca gente conhece seu nome, inclusive entre os iniciados.

Os dois aspectos mais destacados de sua biografia são os de Chefe de Gabinete de Obama quando este era senador (o que demonstra que o presidente recorreu a quem sabe cuidar fielmente dos seus papeis?) e o de Chefe de Gabinete do ex-senador Tom Daschle, sem dúvida o político que Obama mais admira. Rouse esteve na Casa Branca durante os últimos dois anos, mas, como sempre, num papel obscuro, dedicando seu tempo principalmente a corrigir os erros de outros. "O dito mais frequentemente na Casa Branca é: 'deixa que Pete o ajeite", recordou Obama ao apresentar seu novo Chefe de Gabinete.

Emanuel foi de fato um primeiro-ministro. Agora essas tarefas terão que ser repartidas entre as figuras em ascensão na Avenida de Pensilvânia: David Alxerod, o principal conselheiro político; David Plouffe, o criador do mito Obama, e Robert Gibbs, que logo deixará de ser diretor de comunicação para assumir maiores responsabilidades.

Axelrod já anunciou que dentro de um ano ou ano e meio deixará, também, seu cargo para se dedicar integralmente à campanha de reeleição. Porém, é evidente que essa já é a principal preocupação no entorno do presidente. Se foi difícil legislar até aquela data, depois de 2 de novembro vai ser praticamente impossível que Obama consiga no Capitólio maiorias suficientes para aprovar leis como a reforma migratória, energética, educativa e sobre a mudança climática. Tudo se centrará em salvar a imagem do presidente do bloqueio que se avizinha.

http://news.yahoo.com/video/politics-15749652/22225905

quarta-feira, setembro 29, 2010

Never be the same - Christopher Cross

NEVER BE THE SAME - Christopher Cross

IT WAS GOOD FOR ME
IT WAS GOOD FOR YOU
NOW NOTHING EITHER OF US CAN SAY OR DO
CAN CHANGE THE WAY YOU FEEL TONIGHT
SOMETIMES LOVE JUST SLIPS OUT OF SIGHT

JUST ONE THING BEFORE YOU GO
JUST ONE THING THAT YOU'VE GOT TO KNOW
NO ONE WILL EVER TOUCH ME THAT WAY
THE WAY THAT YOU DID THAT VERY FIRST DAY

AND I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOU HERE
I'LL LIVE ALONE
HIDE MYSELF BEHIND MY TEARS
NO I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOUR LOVE
I'LL LIVE ALONE
TRY SO HARD TO RISE ABOVE

THE YEARS GO BY
THERE'S ALWAYS SOMEONE NEW
TO TRY AND HELP ME FORGET ABOUT YOU
TIME AND AGAIN IT DOES ME NO GOOD
LOVE NEVER FEELS THE WAY THAT IT SHOULD

I LOVED YOU THEN I GUESS I'LL LOVE YOU FOREVER
AND EVEN THOUGH I KNOW WE COULD NEVER STAY TOGETHER
I THINK ABOUT HOW IT COULD’VE BEEN
IF WE COULD JUST START ALL OVER AGAIN

AND I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOU HERE
I'LL LIVE ALONE
HIDE MYSELF BEHIND MY TEARS
AND I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOUR LOVE
I'LL LIVE ALONE
TRY SO HARD TO RISE ABOVE

IT WAS GOOD FOR ME
IT WAS GOOD FOR YOU
NOW NOTHING EITHER OF US CAN SAY OR DO
CAN CHANGE THE WAY YOU FEEL TODAY.
SOMETIMES LOVE JUST SLIPS AWAY

JUST ONE THING BEFORE YOU GO
JUST ONE THING THAT YOU'VE GOT TO KNOW
NO ONE WILL EVER TOUCH ME THAT WAY
THE WAY THAT YOU DID THAT VERY FIRST DAY
AND I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOU HERE
I'LL LIVE ALONE
HIDE MYSELF BEHIND MY TEARS
YEAH, I'LL
NEVER BE THE SAME WITHOUT YOUR LOVE
I'LL LIVE ALONE
TRY SO HARD TO RISE ABOVE

segunda-feira, setembro 27, 2010

Volta às origens de Saint-Michel


Volta às origens de Saint-Michel

AFP PHOTO / KENZO TRIBOUILLARD El País - 23-04-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Um rebanho de ovelhas na pradaria do Monte Saint-Michel, que fica coberta pela água com o crescimento da maré. A estrada elevada entre o Monte Saint-Michel e o forte que foi construído nos últimos anos em razão do elevado número de turistas vai ser desmontado para voltar a sue estado original.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Brilhantes auroras em Saturno


Brilhantes auroras em Saturno

‘Novas imagens da sonda 'Cassini' são apresentadas no congresso de ciência planetária em Roma

EL PAÍS - Madrid – El País - 24/09/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Novas imagens extraídas das observações da sonda Cassini mostram brilhantes auroras no planeta Saturno, um impressionante espetáculo luminoso, durante um período de dois dias. Esta informação foi extraída, pela primeira vez, dos dados acumulados por um instrumento da nave espacial. Estas imagens e os resultados preliminares de sua análise foram apresentados por Tom Stallard, principal cientista do instrumento, hoje no Congresso Europeu de Ciência Planetária em Roma.

No filme, o fenômeno da aurora varia "significativamente", assinala Stallard, ao longo de um dia de Saturno, que dura ao redor de 10 horas e 47 minutos. Nos lados do meio-dia e da meia-noite (à esquerda e à direita nas imagens, respectivamente, correspondentes aos dias 22 e 23 de setembro de 2007.), o brilho se observa durante várias horas. Assim, na rotação do planeta se pode ver como estas aparecem e reaparecem ao mesmo tempo e no mesmo lugar no segundo dia, o que sugere que são controladas diretamente pela orientação do campo magnético de Saturno.

"As auroras de Saturno são muito complexas e apenas estamos começando a compreender todos os fatores involucrados. Este estudo proporcionará uma visão mais ampla da grande variedade de diferentes características da aurora que se podem ver, e nos permitirá entender melhor o que controla as mudanças em sua aparência", destacou Stallard.

As auroras em Saturno se produzem da mesma forma que as auroras boreais na Terra. As partículas de vento solar são canalizadas pelo campo magnético de Saturno até os pólos do planeta, onde interagem com gás eletricamente carregado (plasma) na alta atmosfera e emitem luz. Em Saturno, contudo, as características das auroras também são afetadas por ondas eletromagnéticas que são geradas quando as luas do planeta se movem através do plasma presente na magnetosfera de Saturno.

As novas imagens, em falsa cor, mostram a aurora de Saturno em verde brilhante ao redor do pólo sul do planeta. A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo da NASA com a Agência Européia do Espaço (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI).

quinta-feira, setembro 23, 2010

Mulheres no Exército afegão


Mulheres no Exército afegão

AP/ Gemunu Amarasinghe El País - 23-09-2010

Tradução de Antonio de Freitas

Cerimônia de graduação no centro de educação do Exército Nacional em Cabul, Afeganistão. O Exército afegão reforça seus efetivos graças à incorporação de mulheres às suas fileiras, que constituirão 10% do total, segundo anunciou o porta-voz do Ministério de Defesa afegão, general Zakhir Azimi.

Um bebê no Parlamento Europeu


Um bebê no Parlamento Europeu

REUTERS / VINCENT KESSLER - El País 22-09-2010

Tradução de Antonio de Freitas

A euro-deputada italiana Licia Ronzulli, membro do partido Povo da Liberdade (PDL) do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, participou de uma sessão plenária da Eurocâmara, esta semana em Estrasburgo com sua filha de apenas uns dias para chamar a atenção para os direitos das mulheres.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Lula se apodera da campanha


Lula se apodera da campanha

O Presidente brasileiro é a estrela dos atos de sua herdeira, Dilma Roussef

SOLEDAD GALLEGO-DÍAZ - São Paulo - El País - 21/09/2010

Tradução de Antonio de Freitas

"Luuu-la", "Diiil-ma", assim, nesta ordem, cantam os milhares de presentes nos comícios da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) em todo Brasil. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta fazer com que sua herdeira ganhe no próximo dia 3 de outubro sem necessidade do segundo turno (as últimas pesquisas a mantêm com 51%), e se empenha à fundo nos últimos 15 dias para conseguir. Vendo-os juntos pelo palanque em Campinas (no Estado de São Paulo, feudo de José Serra, seu principal rival, com 25%) se compreende muito bem a importância desse apoio e as razões das queixas da oposição. Lula é realmente o protagonista desta campanha eleitoral e está convertendo cada ato numa clamorosa despedida, com sua correspondente exigência de afeto.

Os brasileiros adoram Lula e Lula, o sindicalista que governou este país durante oito anos com um sucesso deslumbrante, adora os banhos de massas. A Dilma Rousseff, pelo contrario, uma economista de 62 anos, com antecedentes de guerrilheira leninista, é muito mais difícil aceitar as demonstrações de carinho ou reprimir o gesto de cansaço. Tem, contudo, a voz muito boa e aprendeu a realizar bons comícios. Inclusive dança nos palanques (apesar de uma torção lhe obrigar a usar uma bota ortopédica), porém, por muito que se esforce, nunca consegue a arrasadora naturalidade do atual Presidente. "Luuuu-la", gritam seus seguidores e "Luuuu-la", grita ela mesma sem parar.

"Ganhar no primeiro turno seria uma surpresa, com certeza. Não creio que o Partido dos Trabalhadores acreditasse há poucos meses num sucesso tão grande", reconhece uma das assessoras da candidata presidencial. A verdade é que o PT nem sequer considerou que Dilma fosse a melhor candidata possível. Trata-se de uma aposta pessoal de Lula. Rousseff era ministra de Energia quando o presidente decidiu chamá-la para ocupar o influente cargo de Chefe da Casa Civil e acabar, assim, na disputa entre aqueles que se consideravam possíveis sucessores e queriam se situar nas portas da presidência. Dilma foi aceita exatamente como uma solução "neutra" porque ninguém suspeitava, nem remotamente, que tivesse semelhantes aspirações.

"É injusto que se diga que toda a campanha é Lula", se queixa uma colaboradora de Dilma. "O mérito dela é muito grande: nos debates e nos espaços televisivos soube demonstrar que é séria, capaz, uma alternativa crível. Ganhou algum debate com mais de 56% dos espectadores consultados. Sem tudo isto, o apoio de Lula seria insuficiente", assegura.

Lula primeiro tentou apresentá-la como "a mãe" dos brasileiros, porém como esse papel não lhe cai bem, com toda certeza, a esta enérgica mulher, agora insiste mais em apresentá-la como a pessoa com quem ele mesmo aprendeu a governar. "Foi ela que me ajudou a fazer um Brasil melhor", proclama.

Ademais, Lula percebeu, rapidamente, que se convertesse a campanha eleitoral numa formidável campanha de despedida, seu partido, o PT, poderia, talvez, conquistar novas esferas de poder, distritos e cadeiras que não estiveram até agora a seu alcance. E a verdade é que se lançou nessa tarefa com paixão, confiando quase exclusivamente em suas próprias forças.

A imagem de Dilma Rousseff, filha de um comunista búlgaro que emigrou e de uma professora brasileira, mudou substancialmente no último ano. Tem uma filha, Paula, e um neto (Gabriel, que nasceu há menos de um mês), e superou há pouco um câncer linfático, que foi, talvez, o que mais a animou a mudar o visual. Agora está com o cabelo muito mais curto e desapareceram os óculos e algumas rugas (não todas, afortunadamente).

"Claro que Dilma não pode aspirar aos mesmos níveis de popularidade de Lula. Nem lhe passou pela cabeça. Porém, se enganam aqueles que acreditam que será uma marionete de Lula e do PT", assegura sua colaboradora. Quem lhe rodeia destaca mais sua capacidade para dizer ‘não’, que sua simpatia. Dilma vai ter que enfrentar, assim que ganhar, um problema muito sério, a corrupção que pôde lhe rodear nestes últimos anos na Casa Civil, que ela dirigiu desde 2005. Erenice Guerra, que se viu obrigada a demitir-ser por possível tráfico de influências, não era uma simples colaboradora, mas sua autêntica mão direita, durante muito tempo. "A investigação judicial deve seguir adiante", reclama, sossegada e inflexível, Marina Silva, do Partido Verde.

Nos comícios, Dilma se desvia desses ataques, mas sua mensagem principal não gira em torno a seu trabalho, e sim em torno de Lula e seu legado. Em Campinas, foi Lula quem respondeu com fúria às acusações de corrupção ao seu redor: a imprensa é mentirosa, a oposição, brutal, o DEM (partido de centro-direita) deve ser "erradicado". A cólera de Lula soou terrível, (o cantor Caetano Veloso, próximo dos Verdes, chegou depois a chamar-lhe inclusive de "golpista"), mas o presidente detectou rapidamente o ambiente festivo do comício e voltou rapidamente aos elogios. "Prestem atenção. Ela tem um coração eficaz e bonito", brincou, enquanto se aproximava por detrás e a abraçava carinhosamente. Luuu-la, gritavam milhares de brasileiros, encabeçados por Dilma Rousseff.

terça-feira, setembro 21, 2010

A última missão da Discovery


A última missão da Discovery

AFP - El País - 21-09-2010

Tradução de Antonio de Freitas

A NASA prepara a última missão da Discovery. O ônibus espacial americano foi levado à plataforma de lançamento 39 do Centro Espacial John F. Kennedy em Cabo Canaveral, Florida, onde, se tudo sai como está previsto, decolará no próximo 1º de novembro rumo à Estação Espacial Internacional. A mítica nave se aposenta após 30 anos de serviço, três décadas nas quais realizou façanhas como lançar o telescópio espacial Hubble e pôr em órbita a sonda Ulysses.

sexta-feira, setembro 17, 2010

A última foto de Lennon leiloada


A última foto de Lennon, a leilão

AP 17-09-2010

Tradução de Antonio de Freitas

A mítica fotografia realizada por Annie Liebovitz no última dia de vida de Lennon, na que aparece abraçado a Yoko Ono, e que foi capa da revista Rolling Stones, será leiloada no próximo dia 19 de outubro.

Somente existem 40 copias desta imagem, e se acredita que seu preço final pode alcançar os 10.000 euros. A fotografia pertence a um colecionador privado, e sua venda não está relacionada com a ingente dívida de Liebovitz.

terça-feira, setembro 14, 2010

Suspicious Mind - Elvis Presley

Elvis vive (na internet)

Elvis vive (na internet)

ANTONIO FRAGUAS GARRIDO – El País - 12/09/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Este ano se comemora o 75º aniversario de nascimento de Elvis Presley. Abundam as webs de tributo

O portal oficial sobre Elvis é o lugar para se iniciar no mito e no ser humano real. Além de muita informação, conta com vídeos, fotos, zona de admiradores e um planificador multimídia para percorrer o mundo da estrela.


A loja virtual e oficial de Elvis leva a um novo nível o conceito de merchandising. Está ordenada tematicamente e se pode adquirir qualquer produto imaginável: desde um refrigerador de latas de refrigerantes até sues famosos trajes de lantejoulas (com capa) ou um boneco Senhor Batata Elvis.


Este portal com versão em espanhol está centrado na música do roqueiro. Conta com podcasts (arquivos de sons ordenados cronologicamente) com canções e com uma zona comercial para comprar sua discografia.

4. Por suas próprias palavras
http://interviews.elvis.com.au/
“Acho que sou apenas um rapaz do sul”. Esta e outras centenas de declarações estão publicadas neste portal australiano que recopila todas as entrevistas que concedeu Elvis. Há transcrições, mas também vídeos e arquivos sonoros.

5. De museu

A figura de Elvis ingressou no respeitado Hall of Fame (Salão da Fama) dos Estados Unidos em 1986. Junto a seu nome estavam os de gênios como Chuck Berry e Little Richard. Nessa página oficial se conta como foi a cerimônia. Também se pode ver os objetos de Elvis exibidos no museu.

O Open Directory Project é o maior índice de Internet mantido e organizado por seres humanos (e não por máquinas). Conta com uma seção dedicada a Elvis que funciona como um grande arquivo organizado por categorias: descargas, filmes, clubes de fãs…

Em espanhol há vários clubes de admiradores de Elvis. Este, criado em 1991, assegura contar com o reconhecimento “de Graceland”. Além de muita informação, contam com um chat todo primeiro domingo de cada mês, um programa de rádio (La hora Elvis) e organiza reuniões.

Esta web um tanto caótica oferece conteúdos em vídeo, como a seção dedicada ao médico pessoal de Elvis, a panorâmica de 360 graus da cidade de Memphis e o especial sobre os alfaiates do cantor…


Dizem que é como viver um concerto de Elvis: um documentário ganhador de um Globo de Ouro, remasterizado em alta definição, Elvis on tour, e também a caixa de DVD do 75º aniversario: 17 filmes nos quais atuou o roqueiro. Esta é a web oficial destes lançamentos.

As especulações sobre a morte de Elvis estão bem vivas. O realizador Adam Muskiewicz fez em 2005 um exaustivo documentário intitulado ‘A verdade sobre Elvis’. Em sua página web segue recopilando testemunhos e elementos que provariam que o Rei do Rock segue vivo.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Fidel Castro responde à revista americana 'Atlantic Magazine'


Castro diz que foi mal interpretado e que "é o capitalismo que já não serve"

Responde à revista americana 'Atlantic Magazine' que esta semana publicou num blog que o ex-presidente cubano havia reconhecido que "o modelo cubano já não funciona"

MAURICIO VICENT La Habana – El País - 10/09/2010

Tradução de Antonio de Freitas

Corrigido em sua totalidade. Fidel Castro assegurou hoje que o socialismo cubano funciona, O que não funciona, a seu juízo, é "o sistema capitalista" que "já não serve nem para os Estados Unidos, nem para o mundo, porque sobrevive de crise em crise; que são cada vez mais graves, globais e repetidas". O líder comunista não pôde ser mais enfático ao matizar suas recentes declarações ao jornalista norte-americano Jeffrey Goldberg, a quem disse, numa longa
entrevista para a revista ‘The Atlantic’, que "o modelo cubano não funciona nem sequer para nós". Castro garantiu que o jornalista não inventou a frase, mas que lhe interpretou absolutamente mal.

O ex-mandatario cubano, de 84 anos, deu sua versão do sucedido em entrevista durante a apresentação do segundo livro autobiográfico na ‘Sala Magna de La Habana’. De acordo com Castro, Goldberg lhe perguntou "se o modelo cubano era algo que ainda valia a pena exportar". No seu entender, a pergunta levava "implícita a teoria de que Cuba exportava a revolução". Foi então quando lhe respondeu que "o modelo cubano" já não funcionava nem a eles.

"Expressei-o sem amargura nem preocupação. Divirto-me agora ao ver como ele o interpretou ao pé da letra e consultou [acadêmica norte-americana] Julia Sweig que o acompanhou e elaborou a teoria que expus", afirmou. De acordo com Castro, "o real" é que sua "resposta significava exatamente o contrario do que ambos os jornalistas norte-americanos interpretaram. "Minha ideia, como todo mundo conhece, é que o sistema capitalista já não serve nem para os Estados Unidos, nem para o mundo, porque sobrevive de crise em crise, que são cada vez mais graves, globais e repetidas, das quais não pode escapar". E sentenciou: "Como poderia servir semelhante sistema para um país socialista como Cuba?"

O ex-presidente cubano também menosprezou as interpretações de Goldberg sobre o que lhe disse sobre a crise dos mísseis. O jornalista norte-americano perguntou se valeu a pena haver pedido em 1962 ao líder soviético Nikita Kruchev, durante a crise dos mísseis, que atacasse os Estados Unidos com armas nucleares caso fosse necessário. Segundo Fidel, lhe respondeu textualmente: "depois de haver visto o que vi e de saber o que agora sei, não valeu absolutamente a pena".

Castro disse que ele recomendou a Kruchev foi que se "EUA invadisse Cuba", nesse momento com armas nucleares russas, "não deveria deixar de dar o primeiro golpe". O líder cubano explicou que a frase "de saber o que agora sei", era uma "óbvia referência à traição cometida por um presidente da URSS que, saturado de sustância etílica, entregou aos EUA os mais importantes segredos militares daquele país".

Castro não acusou o jornalista de manipulação, mas de mal interpretar-lhe, porém avisou que esperava com "interesse" as próximas publicações da entrevista, que aparecerão nos próximos dias na ‘The Atlantic’. O pequeno discurso de Castro terminou com uma referência ao "império que se afunda". Enfim, caso alguém tenha acreditado em outra coisa, aqui está o Fidel Castro de toda a vida.

"Há uma demonização de Chávez"


ENTREVISTA: EDUARDO GALEANO Escritor uruguaio

"Há uma demonização de Chávez"

ÓSCAR GUTIÉRREZ – El País - Madri - 10/09/2010

Tradução de Antonio de Freitas

O relógio, para Eduardo Galeano (Montevidéu, 1940), ainda marca a hora da capital uruguaia, mesmo que o ruído que entra epela janela e atrapalha a conversa seja da ‘Puerta del Sol’ (Madri). "Desculpa se digo muitas bobagens. É o jet lag". As cinco horas que separam Madri da capital uruguaia deixam maluco o autor de ‘As veias abertas da América Latina’. O escritor visitou a Espanha para participar da
Semana da Cooperação que organiza a AECID e a agencia Inter Press Service, oportunidade que aproveita para "dar uma olhada no mundo de hoje, um mundo ao revés".
Pergunta. Vargas Llosa escreveu que ainda se considera jornalista. E você?

Resposta. Sim, mas há uma tradição que acredita que o jornalismo é um exercício que se pratica abaixo da literatura, e no alto do altar está a criação do livro. Não compartilho dessa divisão de classes. Acredito que toda mensagem escrita forma parte da literatura, inclusive os grafites dos muros. Faz tempo que, sobretudo, escrevo livros e muito poucos artigos. Mas me formei nisso e tenho a marca de fábrica. Agradeço ao jornalismo por me haver tirado da contemplação dos labirintos de meu próprio umbigo.

P. Em algumas ocasiões você cita a frase anônima: "Nos urinam e os jornais dizem que chove". Continua chovendo?

R. É um grafite que vi numa rua de Buenos Aires. Os muros são a imprensa dos pobres. Continua chovendo. Começando pela imposição de uma linguagem mentirosa. Quando chamam os mercenários de contratistas mentem; quando chamam de catástrofes naturais os desastres que o mundo sofre mentem também, porque a natureza não tem a culpa dos crimes que se cometem contra ela; se invoca à comunidade internacional e se referem a um clube de banqueiros e guerreiros que dominam o mundo.

P. Faz tempo que não escutamos que a imprensa é o quarto poder. Baixamos um degrau?

R. Não. Apenas se desenvolveu outras formas de comunicação que te devolvem a confiança que este mundo, ao contrário, é um centro de paradoxos interessante. Internet nasceu à serviço da indústria militar, e logo se converteu noutra coisa distinta. Multiplicaram-se as vozes não escutadas que soavam em cabanas de madeira. Contribuiu para o desenvolvimento de formas alternativas de comunicação. Eu sou pré-histórico e necessito que um jornal me queime as mãos, o odor da tinta e do papel. Tampouco posso ler um livro num monitor. Agrada-me muito o papel na mão, o livro que apoio contra o peito, e escuto, pondo-o junto à orelha, as palavras que transmite mesmo que às vezes parecem mortas no papel.

P. O encontro da AECID e IPS pretendia implicar aos meios num "desenvolvimento más inclusivo". Esquecemos de incluir alguém ao contar a crise?

R. Houve uma manipulação, creio que não inocente, dos grandes meios de comunicação de tal maneira que os autores da catástrofe, os banqueiros de Wall Street, terminaram em algo similar à inocência até acreditar que a culpa da crise era da Grécia. Porém, também há vozes alternativas que soam como as rádios comunitárias. Foram depreciadas e perseguidas em muitos países, porém agora encontraram seu lugar. As vozes das pessoas, sem intermediários, soam mais verdadeiras.

P. Existe uma menor implicação ideológica do jornalista?

R. Qualquer forma de apoio à diversidade das vozes humanas me parece estimulante, tenha a forma que tiver, ponha a etiqueta que pôr. Creio na diversidade da condição humana. O melhor do mundo é a quantidade de mundos que tem. Em “Espelhos - uma quase historia universal” (2008) tentei abarcar o mundo sem fazer caso das fronteiras, do mapa ou do tempo para celebrar a diversidade.

P. Os episódios de violência contra a imprensa nos anos setenta na América Latina se repetem em nossos dias. É possível livrar o jornalista da coação?

R. Há espaços de independência que é possível abrir. Na Argentina dirigi a revista cultural ‘Crisis’. Mas tive que ir embora porque a revista preferiu ficar parada e não se inclinar diante da vontade do golpe militar triunfante que implicava numa censura cada vez pior. Porém, enquanto durou foi uma experiência extraordinária. Chegamos a vender 35.000 exemplares. Para os militares havia algo de subversivo porque se dava a palavra aos que haviam nascido para ter a boca fechada. Minha experiência de vida me ensinou que todos nós temos algo a dizer aos demais, algo a fazer pelos demais, celebrado ou pelo menos perdoado. Algumas vozes ressoam e outras não. Há muitos que estão condenados ao silêncio eterno. Às vezes as vozes desconhecidas, depreciadas, ignoradas são muito mais interessantes que aquelas do poder e seus múltiples ecos.

P. Na Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, os governos andam às turras com os meios de comunicação...

R. As generalizações correspondem a uma visão de nossa realidade, a latinoamericana ou do sul do mundo, que o norte tem. Os fracos, cada vez que tentam se expressar ou caminhar com suas próprias pernas tornam-se perigosos. O patriotismo é legítimo no norte do mundo e no sul se converte em populismo ou, pior ainda, terrorismo. As noticias são muito manipuladas, dependem dos olhos que as veem ou do ouvido que as escuta. A greve de fome dos índios mapuches no Chile ocupa pouco ou nenhum espaço nos meios que mais influência tem, enquanto que uma greve de fome na Venezuela ou em Cuba merece a primeira página. Quem são os terroristas? São piratas os que assaltam os barcos ou os que pescam violando as leis e os limites?

P. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, é um dos que andam brigados com a imprensa. Temos veredicto com ele?

R. Há uma demonização de Chávez. Antes Cuba era a má do filme, agora já não tanto. Mas sempre há algum mau. Sem mau, não se pode fazer um filme. E se não há gente perigosa, o que fazemos com os gastos militares? O mundo tem que se defender. O mundo tem uma economia de guerra funcionando e necessita de inimigos. Se não existem, fabrica-se. Nem sempre os diabos são diabos e os anjos, anjos. É um escândalo que hoje, cada minuto, se dediquem três milhões de dólares em gastos militares, nome artístico dos gastos criminais. E para isso se necessita de inimigos. No teatro do bem e do mal, às vezes são intercambiáveis
como passou com Sadam Husein, um santo do Ocidente que se converteu em Satanás.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Borges, por suas próprias palavras


Borges, por suas próprias palavras,
agradecendo o Prêmio Cervantes, em 1980

Libros en Red - //www.librosenred.com/

Tradução de Antonio de Freitas

Majestades,

Senhoras e senhores,

O destino do escritor é estranho, mas todos os destinos o são; o destino do escritor é cursar o comum das virtudes humanas, as agonias, as luzes; sentir intensamente cada instante de sua vida e, como queria Wolser, ser não somente ator, mas também espectador de sua vida. Também tem que recordar o passado, tem que ler os clássicos, já que o que um homem pode fazer não é nada, podemos simplesmente modificar muito levemente a tradição; a linguagem é nossa tradição. O escritor tem uma desvantagem: o fato de ter que operar com palavras, e as palavras, como se sabe, são uma matéria efêmera.

As palavras, como Horacio não ignorava, mudam de conotação emocional, de sentido; porém o escritor tem que se resignar a este manejo, o escritor tem que sentir, e logo sonhar, logo deixar que lhe cheguem as fábulas; convêm que o escritor não intervenha demasiado em sua obra, deve ser passivo, deve ser hospitaleiro com o que lhe chega e deve trabalhar essa matéria dos sonhos, deve escrever e publicar, como dizia Alfonso Reyes, para não passar a vida corrigindo os rascunhos, e assim trabalha durante anos, e se sente sozinho, vivo numa sorte de sonho; porém se os astros são favoráveis, uso deliberadamente as metáforas astrológicas, ainda que deteste a astrologia, chega um momento no qual descobre que não está sozinho. Nesse momento que lhe chega, que lhe chega agora, descobre que está no centro de um vasto círculo de amigos, conhecidos e desconhecidos, de gente que leu sua obra e que a enriqueceu, e nesse momento ele sente que sua vida foi justificada.

Eu agora me sinto mais que justificado, me chega este prêmio, que leva o nome, o máximo nome de Miguel de Cervantes, e recordo a primeira vez que li o Quixote, ali pelos anos de 1908 ou 1907, e creio que senti, naquele momento, o fato de que, apesar do titulo enganoso, o herói não é dom Quixote, o herói é aquele fidalgo manchego, o senhor provinciano que diríamos agora, que à força de ler a matéria da Bretanha, a matéria da França, a matéria de Roma, a Grande, quer ser um paladino, quer ser um Amadís de Gaula, por exemplo, ou Palmerín ou quem fosse, esse fidalgo que se impõe essa tarefa que algumas vezes consegue: ser dom Quixote, e que ao final comprova que não o é; ao final volta a ser Alonso Quijano, ou seja, que há realmente esse protagonista que costuma se esquecer, este Alonso Quijano.

Quero dizer, também, que me sinto muito comovido. Tinha preparadas muitas frases que não posso recordar agora, porém há algo que não quero esquecer, e é isto: comove-me muito o fato de receber esta honraria das mãos de um Rei, já que um Rei, como um Poeta, recebe um destino, aceita um destino e cumpre um destino e não o busca, ou seja, se trata de algo fatal, lindamente fatal, não sei como dizer minha gratidão, somente posso dizer meu incalculável agradecimento a todos vocês...

Muito obrigado.

quinta-feira, setembro 02, 2010

Furacão Earl visto da Estação Espacial Internacional

Earl visto da Estação Espacial
NASA 02-09-2010 - El País

O olho do furacão Earl, visto da Estação Espacial Internacional, dia 30 de agosto, em sua passagem pelas Ilhas Virgens.